3 mulheres feridas e um homem morto
No espaço de uma semana, duas mulheres foram
atingidas a tiro de caçadeira, em cenários de crimes que envolvem questões
passionais e outra fugiu de casa relatando às autoridades agressões físicas e
abusos sexuais do marido. Esta ainda foi uma semana onde uma mulher matou o
marido alegadamente por este não ter aceitado o divórcio.
Mulheres continuam a serem vítimas de violência doméstica |
O primeiro caso aconteceu na sexta-feira em S. João das Lampas, Sintra, uma mulher, cerca de 30 anos, foi atingida a tiro numa mão pelo amante. O homem terá espiado a vítima e confirmou que esta tinha uma outra relação. Roído de ciúmes, escondeu-se atrás de uma porta e atirou contra ela. Na sequência dos ferimentos, a mulher ficou com uma mão amputada. O agressor, detido pela PJ, ficou em prisão preventiva.
O mais recente ocorreu ontem, em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal: de caçadeira em punho, um homem de 50 anos atingiu a ex-mulher no abdómen, de quem se separara há apenas dois meses. O alerta para disparos provenientes de uma vivenda – na rua da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, Azeitão – chegou esta segunda-feira pelas 10 da manha.
Sandra Silva, 36 anos, preparava-se para sair de casa quando foi surpreendida pelo ex-marido, Francisco Sotero, com quem estivera casada vários anos. Desconfiado de que a ‘ex’ já teria outra relação, o homem fez-lhe uma espera.
A GNR foi alertada por uma vizinha e quando chegaram ao local, o agressor já se tinha posto em fuga, mas contactou posteriormente a GNR, tendo-se entregado às autoridades no local onde reside, na estrada do Parral, perto da aldeia da Piedade.
Sandra recupera no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, para onde foi transportada pelos bombeiros.
Agredida continuadamente com cinto
Uma mulher de 26 anos foi assistida anteontem no Hospital Garcia de Orta, em Almada, depois de ter fugido de casa e apresentado queixa na PSP contra o marido, que acusa de violência doméstica e sexual. A vítima, que ficou internada sob observação, deixou os dois filhos, de 5 e 6 anos, e está agora numa casa para vítimas de violência doméstica.
À PSP relatou ter sido agredida continuadamente com um cinto, forçada a ter relações sexuais e impedida de sair de casa ou manter qualquer amizade. O caso está agora nas mãos do Ministério Público.
Leia Oliveira, presa por ter matado o marido a tiro, sexta-feira, em Almada, confessou às autoridades que o marido lhe terá dito que se a filha de dois anos não ficasse com o pai, não ficava com ninguém.
A ameaça da morte e a alegada violência doméstica foram as razões apresentadas pela cabeleireira, imigrante brasileira de 33 anos, para ter disparado uma caçadeira de canos serrados, acabando por matar o marido, Leo França, também brasileiro, de 23 anos.
Paulo Jorge Oliveira
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