"Não há equidade nos sacrifícios. Onde atacam sempre é nos direitos de quem trabalha”
Cerca de uma centena de pessoas concentraram-se este sábado junto ao coreto da Avenida Luísa Todi, em Setúbal, numa manifestação de protesto contra as políticas de austeridade, organizada através da rede social Facebook.
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Setubakenses continuam em luta contra austeridade |
Depois da multidão que encheu praças e avenidas, no dia 15 de Setembro, na capital do distrito contra as medidas de austeridade, a população voltou a sair à rua no último sábado. Em menor número, é verdade, mas o mesmo espírito de luta.
"Há quem viva acima das nossas possibilidades, mas não somos nós" foi o lema escolhido pelo promotores, do 'Movimento 15 de Setembro - Setúbal', mas a adesão à manifestação ficou muito aquém do que se verificou com o protesto da semana passada, em que participaram cerca de quatro mil pessoas.
Os poucos que este sábado se deslocaram à avenida Luísa Todi para se juntarem à manifestação consideram que é importante marcar presença nestas iniciativas.
"Vim a semana passada, venho hoje, venho as vezes que forem necessárias. Vivo com dois filhos desempregados com 365 euros. O estado diz que vivemos acima nas nossas possibilidades, mas não devemos ser nós. Ando cá há 50 anos e só vejo o povo a ser espezinhado", disse à Lusa Maria Manuela Taia.
"Não há equidade nos sacrifícios. Onde atacam sempre é nos direitos de quem trabalha e o problema não é só a taxa social única. São também os outros cortes nos ordenados, na saúde e na educação", acrescentou Emília Silva, outra setubalense que marcou presença junto ao coreto da Avenida Luísa Todi.
Apesar dos cabelos brancos, Jaime Pereira também foi à manifestação para dizer aos governantes que a paciência dos portugueses está a chegar ao fim.
"Vim porque a nossa paciência tem limites e a minha já acabou. Há que fazer qualquer coisa e alterar o atual estado de coisas. E por isso temos que lutar. Pacificamente, mas temos que lutar", concluiu o manifestante.
Agência de Notícias
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