Reticências da Sociedade por Ana Sofia Horta


Estou embasbacada, feliz

Afinal acredito ainda que o nosso povo, principalmente a minha geração “rasca” consegue fazer uma revolução não dos cravos mas dos amores perfeitos!


Precisamos de encontrar força no desemprego e enfrentar este governo que cada vez tira mais e acha que é justo. Se nos representam porque não são iguais a nós, maioria anda a pé e não recebe nem do fundo de desemprego, como eu, nem respostas tenho dos currículos que envio. Experimentem sem carro, andar a pé, com o salário mínimo, sem ajudas de custo, e vivam numa casa como nós que sai do salário mínimo todas as despesas.
Ninguém votou para que nos tirassem cada vez mais, ninguém votou para que o país estivesse cada vez mais em baixo.
A manifestação de sábado foi arrepiante, incrível, nós somos capazes de enfrentar quem está no poder, caia o governo! Nós pedimos a igualdade, a famosa democracia, se há países em que o governo tem as mesmas condições que o povo porque é que o nosso é diferente? Portugal é nosso, não vosso. Mudem-se para uma ilha deserta e façam pela vossa vida longe de nós! Vergonha em ter-vos como portugueses, vergonha deste governo.
Não há emprego, o país não vai conseguir ir em frente, voltam para casa dos pais sem dinheiro para casa, filhos, carro, o que é isto?
Se os cargos fossem voluntários gostaria de saber quem estava à frente do país?!
“Que mundo tão parvo que para ser escravo é preciso estudar” – vamos aprender a música e cantá-la na próxima manifestação!



Ana Sofia Silva Horta 
Educadora de Infância no Desemprego
Oeiras 

O terceiro dia semana tem sempre uma reticência. O mundo pula e avança mas, à Terça-feira, Ana Sofia Horta chega ao ADN com uma história de vida ou uma estória pessoal. Uma visão muito pessoal e uma opinião muito real da sociedade. Para ler, saborear, pensar e analisar. 

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