Histórias do Mundo: Cão dorme há seis anos junto ao túmulo do dono


Uma história de fidelidade eterna  

O amor eterno existe, pelo menos para Capitán, um cão que há seis anos dorme fielmente junto do túmulo do dono, na cidade argentina de Villa Carlos Paz, em Córdoba, divulgou o rádio LV7 esta quarta-feira. Uma história que prova porque os animais nos ensinam tanto ao nível do afecto.

Capitán dorme há seis anos junto à campa do dono 

Esta história começou a 24 de Março de 2006, quando Miguel faleceu no hospital de Carlos Paz. O animal saiu de sua casa e foi visto a deambular a uns 50 metros do edifício, até que desapareceu. 
Tudo ficou esclarecido no dia em que Verónica, viúva de Miguel, e o seu filho foram ao cemitério. “Encontrámo-lo lá. Damián começou a gritar que era ‘Capitán’ e o cão aproximou-se a ladrar, como se estivesse a chorar”, disse.
“No domingo seguinte, voltámos à campa de Miguel e o cão continuava lá. Dessa vez seguiu-nos. Ficou algum tempo connosco em casa, mas depois voltou para o cemitério, acrescentou Verónica.
Ninguém consegue explicar como é que ‘Capitán’ conseguiu encontrar o cemitério onde está o dono já que, segundo a família, o cão não os acompanhou no dia do funeral.
“Todos me dizem que é uma grande história. Eu acredito na fidelidade do cão. Mas agora vejo-o com muito mais afecto. Nunca o irei comparar com o meu marido, mas sinto que ele está com Miguel”, referiu Verónica. Capitán, um cão arraçado de Pastor Alemão, foi um presente de Miguel Guzmán ao filho Damián em 2005. Um ano depois Miguel morre e Capitán fugiu de casa.
O director do cemitério municipal, Héctor Baccega, acrescentou que “o cão apareceu cá sozinho e deu voltas ao cemitério, até que chegou à campa do dono. Ninguém o levou até lá”. Além disso, disse que todos os días, às 18 horas encosta-se à campa e por lá fica até o sol nascer. Volta à casa dos dos donos para comer mas… ao inicio da noite faz-se ao caminho para onde está o seu dono.
O director do cemitério disse que o animal ganhou o carinho de todos que trabalham no local, que o alimentam e mantêm em dia as vacinas. “Ele é muito querido, no começo apelidamos de ''rengo'' (''coxo'', em português), porque chegou com uma pata quebrada, mas juntamos dinheiro entre os funcionários do cemitério e conseguimos um veterinário'', contou Baccega.
A história de ''Capitán'' lembra a de ''Hachiko'', o cão da raça Akita que ficou durante anos em uma estação de comboios de uma cidade japonesa esperando o retorno do seu dono e inspirou um filme de Hollywood

Agência de Notícias 

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