Bombeiros do concelho de Palmela reclamam dívida de 300 mil euros


Centro Hospitalar de Setúbal paga mais rápido às empresas privadas

As três corporalizações de Bombeiros do concelho de Palmela querem que os hospitais de São Bernardo e Ortopédico Santiago do Outão, em Setúbal, paguem os 300 mil euros em dívida pelo transporte de doentes. O atraso de 22 meses “provoca dificuldades no dia-a-dia dos Bombeiros”, dizem os responsáveis dos Voluntários de Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura. A situação agrava-se quando, por exemplo, a administração do Centro Hospitalar de Setúbal paga aos privados em… seis meses.


Bombeiros do Pinhal Novo reclamam 120 mil euros de divida 
As corporações de bombeiros de Palmela, Águas de Moura e Pinhal Novo reclamam do Centro Hospitalar de Setúbal o pagamento de 300 mil euros pelo transporte de doentes para os hospitais de São Bernardo e Ortopédico Santiago do Outão, em Setúbal.
 O valor em causa - 130 mil (Palmela), 120 mil euros (Pinhal Novo) e 50 mil (Águas de Moura) -, confirmam os responsáveis das corporações, dizem respeito aos serviços prestados desde Janeiro de 2011. O Centro Hospitalar de Setúbal remete esclarecimentos para hoje.
"No caso de Palmela são mais de 130 mil euros. O último pagamento foi feito em Dezembro de 2010", garantiu Octávio Machado, presidente dos bombeiros locais, citado pelo Correio da Manhã, que divulgou a situação.
Em Pinhal Novo, a dívida ascende aos 120 mil euros, provocando dificuldades à corporação. "A situação é mesmo muito complicada. É um atraso de 21 ou 22 meses no pagamento do transporte de doentes. São 120 mil euros que não recebemos", lamenta José Calado, presidente dos Bombeiros do Pinhal Novo. O problema também afecta a corporação de Águas de Moura. "É uma dívida a rondar os 50 mil euros. Além disso, temos cada vez menos doentes com autorização médica para serem transportados. A isto acrescenta-se ordenados, manutenção, combustível e outras despesas" queixa-se Rui Laranjeira, presidente dos bombeiros de Águas de Moura.

Privados com dívidas de seis meses
As dívidas do Centro Hospitalar de Setúbal também se acumulam com as empresas particulares de transporte de doentes. Segundo Fernando Esteves, presidente da Luísa Todi, de Setúbal, o atraso no pagamento "ronda os duzentos mil euros, mas diz respeito a seis meses".
A situação está a provocar polémica junto dos bombeiros de Palmela, que acusam o Centro Hospitalar de tratamento desigual no pagamento da dívida. Octávio Machado, presidente dos Bombeiros Voluntários de Palmela, não esconde a indignação: "Não tínhamos noção dessa diferença. Não compreendemos qual é o critério para os bombeiros voluntários terem um atraso de 22 meses, enquanto a empresa privada, para o mesmo serviço, recebe a seis meses". Uma situação que a administração do Centro Hospital garante explicar hoje.

Agência de Notícias 

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