A “nova” Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, quase pronta


Sesimbra investe forte no seu património edificado  

Após meio ano em obras, começa a desvendar-se uma “nova” Fortaleza de Santiago. O edifício setecentista, situado no centro da vila de Sesimbra, surge com paredes caiadas e pedras das muralhas e guaritas tratadas.


Fortaleza de Sesimbra recebe últimos retoques 

A recuperação do monumento é um dos pontos mais relevantes da requalificação, em curso, da frente marítima de Sesimbra, apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). As obras da primeira fase incluem recuperação da muralha e paredes exteriores, pintura, limpeza e recuperação de telhas e trabalhos de serralharia.
A segunda fase dos trabalhos consiste na preparação das áreas interiores para acolherem as valências que lhes vão ficar destinadas, entre elas, espaços para a realização de acontecimentos culturais e actividades de lazer, uma cafetaria, e o futuro Museu do Mar, que dará a conhecer vários aspectos da vida sesimbrense ao longo dos séculos.
A Fortaleza de Santiago foi edificada entre 1642 e 1649, altura em que o Rei mandou instalar um conjunto de fortificações ao longo da costa, como defesas para os constantes ataques piratas.
No século XVIII acolheu o governo militar da região e a residência de Verão dos infantes reais. Em 1879 albergou os serviços fiscais e, em 1886, a Alfândega. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-lei n.º 129/77 de 29 Setembro.

Posse da autarquia desde 2009
Passou para posse da autarquia em 2009, após negociação com a Guarda Nacional Republicana, que ocupava o espaço, embora algumas das divisões se mantivessem em poder da GNR. Já este ano, a autarquia conseguiu um novo acordo que libertou todos os espaços, tornando o edifício totalmente público.
Nestas zonas, agora disponíveis, vai ser instalado o Posto de Turismo, uma cafetaria e uma zona para eventos culturais e cerimónias institucionais.

Sesimbra mostra Capela do Espírito Santo dos Mareantes
Igualmente situada no centro da vila, a Capela do Espírito Santo dos Mareantes, edifício quinhentista, guarda no seu interior uma colecção de arte sacra que, apesar do seu valor histórico, é desconhecida. Para dar a conhecer este património único, a Câmara vai dinamizar, uma vez por mês, a acção 15 Minutos de Arte, cujo objectivo é cativar novos públicos e promover a cultura e história locais.
A iniciativa tem a particularidade de acontecer à hora de almoço, período em que há mais disponibilidade de tempo por parte de muitos funcionários de comércio e serviços. A figura do abade Santo Amaro, muito venerado pelos homens do mar, está em destaque este mês e, no próximo, a actividade é dedicada à Coroação da Virgem, da autoria de Amaro do Vale.

Agência de Notícias 

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