Enfermeiros protestam por melhor Saúde no distrito
O Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP) faz hoje, um protesto em frente à Unidade Funcional do Bocage, no Barreiro, para reivindicar mais condições nos serviços de saúde, nos serviços para os utentes, nas condições laborais para os profissionais de saúde e no concurso público para contratação de enfermeiros através de empresas de prestação de serviços. “O protesto visa denunciar a situação de profissionais de saúde que se demitiram por não concordarem com o valor do pagamento dos seus serviços de 3,96 euros por hora”, esclarece Zoraima Prado, representante da direção regional de Setúbal do SEP. O sindicato refere ainda problemas graves no funcionamento da Unidade do Bocage, no Barreiro, e no Pinhal Novo onde só funciona três horas por semana.
Enfermeiros protestam hoje no Barreiro e exigem melhores condições |
Para além do valor pago aos enfermeiros, “o sindicato pretende que a administração central arranje uma solução condigna para utentes e profissionais, uma vez que os despedimentos agudizaram a situação do serviço de saúde”, adianta. A representante da direção regional de Setúbal da SEP diz ainda que “os profissionais que não se despediram esperam que a tutela arranje uma solução para a situação atual”.
A questão abrange “a dificuldade na prestação dos cuidados de saúde primários do distrito, dado que há utentes que não são atendidos, crianças que não são vacinadas e grávidas sem saúde materna”, explica Zoraima Prado. O problema na saúde “tem-se agravado” e há utentes no Barreiro sem profissionais de saúde, uma vez que deverá haver mil e quinhentos utentes por enfermeiro e há centros de saúde em que “cada dois mil utentes tem um enfermeiro”. Para além disto, “nas férias há apenas duas enfermeiras a prestar cuidados primários”.
Unidade de Pinhal Novo a funcionar três horas por dia
Os enfermeiros e profissionais de saúde vão reunir-se na Unidade Funcional do Bocage, por esta ser um exemplo do panorama das unidades de saúde, uma vez que “foi registada uma redução de horário e está a funcionar apenas durante três horas”, acrescenta a representante do sindicato. Para além desta, a unidade do Pinhal Novo é outro exemplo, a “funcionar três horas por dia”. Os serviços de urgência “também foram afetados e diminuíram os horários de atendimento”, diz Zoraima Prado.
O risco atual traduz-se no facto de “a população adiar a ida aos serviços de urgência, e, consequentemente, chega num estado mais grave”. Uma vez que “há falta de profissionais, a saúde da população está em contra relógio, o que dificulta a resposta da parte dos serviços de saúde”, adianta a dirigente sindical.
O protesto de hoje, espera a “presença dos profissionais contratados através do concurso público, os enfermeiros que se despediram e a presença da Câmara do Barreiro”.
Agência de Notícias
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