Lisboa e Porto são campeões nacionais do excesso de velocidade


Mais de seis mil multas por excesso de velocidade

A Guarda Nacional Republicana autuou 6.240 condutores por excesso de velocidade nas estradas nacionais entre as 00:00 do dia 20 e as 00:00 do dia 26, no âmbito da operação "Speed Enforcement". Lisboa e Porto é onde se anda mais depressa dentro das localidades.
Há mais de 6 mil multas por excesso de velocidade dentro de localidades 
Menos acidentes, menos feridos, mais mortos. Mas o que mais se destaca é o aumento de quase dois mil casos de excesso de velocidade, durante uma operação de sete dias organizada em conjunto pelos 27 países da União Europeia. No balanço final da operação “Speed Enforcement”, a GNR sublinha que houve menos acidentes (1305) e menos feridos (521). Mas no saldo da acção contam-se 14 mortos, mais um que no ano passado. A operação incidiu sobre o controlo de velocidade e os militares sublinham que os 6240 condutores apanhados em excesso representam um aumento de 1995 situações em relação a 2011. Em conjunto, os distritos de Lisboa e do Porto são responsáveis por 20 por cento das contra-ordenações, com 1248 casos.
Foram sete dias de uma operação que terminou na madrugada de segunda-feira e com que se pretendeu “intensificar o patrulhamento e fiscalizar o controlo de velocidade nas principais vias nacionais e com maior índice de sinistralidade”, refere a GNR em comunicado. Nesse período foram controlados 319 455 carros (mais 54 958 que em 2011, um aumento de 17 por cento) e realizadas 768 patrulhas. Foram mobilizados 1523 militares da GNR em todo o país.

Velocidade pode matar…
Geograficamente, “Lisboa e Porto foram os distritos com mais excesso de velocidade”, refere o capitão Marco Cruz. Números que se explicam com o facto de que “a maioria dos condutores vão para estes dois distritos e regressam deles”, refere o militar, que adianta não se terem verificado quaisquer incidentes nas operações. A acção foi justificada por “a velocidade ser uma das três principais causas de sinistralidade na União Europeia, e Portugal não é diferente”. Entre os 18 e os 25 anos, esta é mesmo a principal causa de morte ao volante, porque “a velocidade agrava as consequências dos acidentes e aumenta significativamente o risco de acidente”, recorda Marco Cruz.
Uma ideia que, “por distracção ou inconsciência”, tende a ser esquecida pelos condutores portugueses, ainda que se constate uma “melhoria significativa do comportamento” na estrada, refere.
Há outros dados que as forças de segurança têm vindo a sublinhar, no que diz respeito à circulação em excesso de velocidade. “A 50 quilómetros/hora”, explica Marco Cruz, “são percorridos 28 metros entre o momento em que o condutor se apercebe de um obstáculo e aquele em que consegue imobilizar por completo o seu veículo.” Se a velocidade subir para os 90 quilómetros/hora, “essa distância aumenta para 70 metros”. A 120 quilómetros/hora são percorridos 111 metros até que o carro esteja parado. “É a distância de um campo de futebol”, sublinha o militar da GNR.

Agência de Notícias 

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