Fundação das Salinas do Samouco pode encerrar


Presidente da fundação espera que Governo reavalie nota


O Governo anunciou cortes de 50 por cento nas Fundações. Algumas têm mesmo “os dias contados”. A Fundação para a Proteção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco, em Alcochete, é uma que pode estar sobre ameaça de extinção mas, para já, recusa essa ideia e espera uma reavaliação do relatório emitido pelo Governo, que lhe atribui uma percentagem de 23,8 na avaliação da atividade. “Tem de haver sempre uma entidade a gerir as salinas porque o espaço precisa de ser administrado e por isso estamos convencidos de que haverá bom senso na reavaliação da fundação”, explica Firmino de Sousa Sá, presidente do conselho de administração.

Preservação das Salinas de Alcochete pode estar em risco 

“A fundação trabalha com os mínimos, possui quatro pessoas no quadro efetivo e tem projetos importantes, sendo que todo o dinheiro que recebe é aplicado na progressão da fundação”, adianta o presidente. Aqui “não se pode falar em extinção, uma vez que vai haver uma reavaliação do relatório e uma decisão posterior”. Firmino de Sousa Sá acredita que as “pontuações serão reavaliadas” e esclarece que, em relação à avaliação “não se percebe a metodologia que se reflete em números, em vez de se basear numa avaliação qualitativa”.
De acordo com o presidente, a fundação “tem feito um bom trabalho na gestão de espaços de educação e preservação ambiental, como o apoio a hortas sociais, que tem custos de manutenção”. Para além disto, a Salinas do Samouco tem dois projectos com parceiros externos, “um que envolve a salicornia, um sal verde, como alternativa para hipertensos” e outro para a “alimentação de peixes em aquários”, explica Firmino de Sousa Sá.

Não há desperdícios de dinheiros públicos

A fundação Salinas do Samouco “não desperdiça dinheiro, ou seja, se lhe tirarem os mínimos, terá de reduzir os projetos o que é lamentável porque a sua atividade é muito útil”, acrescenta o presidente.
Esta fundação, criada em 2000, como exigência da União Europeia ao Estado português, tem como finalidades a conservação da natureza e a preservação da fauna e da flora no complexo de salinas do Samouco. A fundação, que pertence à lista de onze fundações com pontuação negativa, atribuída pelo Governo, esteve “desativada até Junho de 2009 e o relatório tem início em 2008 e fim em 2010”, esclarece Firmino de Sousa Sá.
A autarquia de Alcochete – onde pertence a fundação – ainda não se pronunciou sobre o eventual fecho da mesma.

Agência de Notícias 

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