PSD Setúbal faz balanço do primeiro ano de Governo


Social-democratas dizem que “o pior período já passou”

“Vivemos uma dura recessão económica para ultrapassar anos a fio de políticas erradas.” Foi desta forma que o deputado e presidente da ‘Distrital’ do PSD, Pedro do Ò Ramos, começou por justificar a dureza das medidas governamentais.

Deputados do PSD Setúbal fazem balanço de um ano de trabalho 

Na hora do balanço da primeira sessão legislativa, quatro dos cinco deputados social-democratas eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal reuniram-se na sede da ‘Distrital”, na capital do distrito, para prestar contas e debaterem o Estado da Nação.
“Fizemos muito neste primeiro ano de governação. Foram discutidos e aprovados pelo Governo mais de 550 diplomas e, muito deles, inserem-se em áreas estruturantes,” realçou o também presidente da ‘Distrital’ laranja, que se fez ladear pelos colegas deputados Maria das Mercês Borges, Paulo Ribeiro e Nuno Matias.
Depois de desfolhar alguns dos dossiers, Pedro do Ó Ramos referiu que a redução dos gastos do Estado foi uma missão assumida pelo governo, nomeando a “extinção de algumas empresas públicas, na ordem dos 30 por cento, o que representa uma capacidade de implementar uma reforma face aquilo que era reconhecido como Estado gordo”, disse.
Reconhecendo que a recessão económica implicou menos consumo interno com prejuízos directos no consumo interno, o deputado da maioria do governo afiança que “tem corrido acima da expectativa a actividade do Estado no controle da despesa”.
Defendendo que os últimos indicadores “deixam entender que o pior período já passou”, o líder distrital laranja confessa-se optimista quanto ao “gradual crescimento da actividade económica”. Ou seja, a confirmar-se essa realidade, consubstanciada com a diminuição da despesa por parte do Estado, “conseguiremos cumprir o défice no final deste ano”.

Medidas para criar emprego
A antiga governadora civil e actual deputada, Mercês Borges reconheceu que o desemprego “é um grande flagelo”, mas defendeu que o governo está a tentar minorar tal problema, lembrando a “celebração do pacto social recentemente celebrado para combater flagelo”.
Foram também evidenciadas algumas decisões no âmbito do Programa de Emergência Social, como a acumulação parcial dos subsídios de desemprego e a majoração dos subsídios em 20 por cento para os casais desempregados.
O deputado Nuno Matias sublinha que para haver criação de emprego, tem que ser restituída a confiança e a esperança aos agentes económicos.
“O Governo procurou adoptar medidas para que as empresas tenham mais força, mais resistência. Há a consciência de apoiar as empresas que já existem. A medida Linha PME Crescimento é um exemplo paradigmático”, aponta o social-democrata.

Criar Justiça mais rápida
Paulo Ribeiro, outro deputado presente na conferência de imprensa abordou a “profunda reforma” no sector da Justiça. “Este governo está interessado em resolver mais rapidamente o problema dos cidadãos”, exemplificando com as reformas do Código de Processo Civil, do Código Civil e do Processo Executivo. Para o deputado ‘laranja’, o atraso na Justiça “afasta investimento e é socialmente injusto”.
“Muitas vezes as empresas esperam e desesperam por decisões judiciais, e esses impasses chegam mesmo a colocar em causa a sobrevivência dessas mesmas empresas”, exemplificou o deputado Paulo Ribeiro, para quem os atrasos da Justiça “ajudam a afastar o investimento, quer nacional, quer estrangeiro”.

Anterior Governo acordou  prazo com Troika
Questionados sobre as graves consequências das medidas de austeridade sobre os portugueses, os deputados social-democratas lembraram que o memorando da Troika “foi assinado pelo PS, e foi o anterior governo que concordou com este prazo. Nós estamos a cumprir com o estabelecido,” defendeu o líder laranja do distrito. Para Pedro do Ó Ramos, Portugal “está a cumprir as metas com sucesso, e está sendo respeitado internacionalmente”, embora reconhecendo o “enorme sacrifício que isso acarreta para o povo português”.

Agência Notícias 

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