PS quer ganhar Câmara do Barreiro


“Aqui o PCP cala-se, é quase subserviente ao PSD”

A Comissão Política Concelhia do Partido Socialista (PS) do Barreiro tomou posse no passado dia 13 de julho, contando com a presença de João Ribeiro, secretário nacional para as Relações Internacionais e Cooperação. Em nome do secretário-geral do PS, este responsável afirmou que um objetivo assente do partido para as próximas eleições autárquicas é conquistar o Barreiro, meta que Marcelo Moniz, novo líder do PS Barreiro, pretende alcançar com uma estratégia definida.

Socialistas já trabalham para ganhar autarquia do Barreiro

A “mensagem direta” de António José Seguro trazida por João Ribeiro foi assumida como “uma das prioridades [do PS] para as próximas eleições autárquicas”, algo que “exigirá uma grande cumplicidade entre os órgãos concelhios, a federação distrital e a direção nacional”. Segundo João Ribeiro, a credibilidade política vai, por isso, ser “decisiva” nas próximas eleições de 2013, ao implicar uma “reconfiguração dos poderes locais” que exige mais responsabilidade no que toca às promessas feitas aos portugueses.
As políticas sociais de proximidade deverão, num contexto de crise, ganhar “uma enorme relevância”, assim como o fomento da “inovação nas microeconomias a nível local” e a aposta nas políticas culturais. A par da Reforma Fiscal, um dos temas com que o PS “vai enriquecer” o seu programa eleitoral do PS será o da “Reindustrialização”.
“No Barreiro, este tema tem um significado especial porque há aqui a possibilidade de, face à história e à memória coletiva, os barreirenses (dirigentes e militantes) participarem ativamente nesse debate da reindustrialização de Portugal e da Europa”, frisou João Ribeiro.
A confiança depositada pela direção nacional no presidente da CPC do PS Barreiro foi realçada como “uma mais-valia” pelo secretário nacional do PS, assim como por Eurico Dias, secretário nacional para a Economia e Inovação do partido, também presente na tomada de posse decorrida no auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro.
“Marcelo Moniz lidera uma grande concelhia e tem muito trabalho pela frente, pois o Barreiro é mesmo para ganhar”, corroborou Eurico Dias.
Também Helena Domingues, presidente do Departamento de Setúbal das Mulheres Socialistas, e Ricardo Rosado, presidente da Juventude Socialista do Barreiro, elogiaram o “caráter de retidão” de Marcelo Moniz e se aliaram ao que assumem ser o próximo desafio em mãos: “o Barreiro voltar a ser do PS”.

Líder distrital aponta erros à gestão comunista
Para Madalena Alves Pereira, ex-líder da CPC do PS Barreiro e atual presidente da Federação Distrital do PS Setúbal, falar no Barreiro é falar “em casa” e, por isso, apontou vários erros a corrigir neste concelho para o futuro. À necessidade de ser feito um Orçamento Participativo, de se ver um fim no tempo de revisão do Plano Diretor Municipal do Barreiro e de se defender o projeto do Arco Ribeirinho Sul soma-se a aposta na valorização do património concelhio, dando a responsável como exemplo o facto de o Bico da Passadeira continuar a ser do Barreiro.
“Aqui o PCP cala-se, é quase subserviente ao PSD porque este não o ameaça do ponto de vista autárquico, nós é que o ameaçamos e, por isso, a diferença neste último ano que nós temos sentido em relação às políticas de governação da CDU no nosso distrito e também no Barreiro”, criticou Madalena Alves Pereira.
“Ganhar o poder da proximidade” é, na visão da responsável, um meio para, mais tarde, “ganhar o poder em 2015”, assente num projeto autárquico no distrito de Setúbal. A aposta da Federação Distrital passará, nesse sentido, por “estar ao serviço das concelhias e das secções com o propósito de devolver a cultura autárquica ao PS”. “A credibilização dos políticos ganha-se no desafio da proximidade”, especificou.

“Criar emprego e dar condições às empresas para aqui se fixarem”
Para Marcelo Moniz, a “política de desculpabilização” do PCP no concelho e no distrito de Setúbal deve ser contrariada com a criação de estratégia. “Criar emprego e dar condições às empresas para aqui se fixarem” são dois objetivos da estratégia socialista, que se diferenciam do que o presidente da CPC do PS Barreiro apelida de “medidas pontuais”.
“No Barreiro, temos o caso do ‘Dia B’; não que o PS se oponha à participação voluntária, que tem que ser acarinhada, mas uma estratégia autárquica concelhia não vai só com medidas ‘B’: vai com medidas ‘E’ de Estratégia, ‘P’ de Progresso, ‘S’ de Sonho e ‘M’ de Mudança; é nisso que considero que temos que mudar”, perspetivou Marcelo Moniz, admitindo que “o executivo que sair das próximas eleições autárquicas não vai ter condições para fazer obras”. “Esta equipa do PCP está a conduzir o Barreiro a uma situação impensável e sem condições para trabalhar”, acrescentou.

Agência de Notícias 

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