Assunção Cristas fala das potencialidades da região no mercado oriental
A Ministra da Agricultura Assunção Cristas destaca o impacto e o sucesso que os produtos suínos do distrito de Setúbal têm em solo chinês e japonês, razão que leva o Governo a fomentar negociações com estes países para uma maior exportação dos produtos para combater assim o défice da balança comercial nacional. “Tem havido um grande esforço para aumentar algumas exportações e cimentar outras”, afirma Assunção Cristas, referindo-se a entraves alfandegários colocados em alguns países à entrada de produtos nacionais.
Ministra da Agricultura destaca produtos suínos da região na China |
“O distrito tem vários produtos que fazem imenso sucesso no mercado internacional que não se baseiam apenas no vinho da região, mas também na notoriedade da maçã riscadinha ou na suinicultura”, diz Assunção Cristas, revelando uma preocupação relativamente aos seguros que os agricultores têm acesso mas não têm sido distribuídos de maneira assertiva. “Se os agricultores unirem-se em associações para reclamarem os seguros, estes ficam mais baratos e proporcionam ao Governo uma forma de possuir um fundo mutualista para calamidades ou desastres naturais”.
A diversificação dos produtos da região é um fator que permite o “desenvolvimento da economia e a redução do défice da balança comercial” mas as novas tecnologias aplicadas ao ramo vitivinícola desempenham um papel muito importante na sua dinamização. Ao referir-se às inovações tecnológicas em vários produtores de vinho na região de Setúbal, a ministra da Agricultura considera existirem possibilidades para “inverter o défice de três mil milhões de euros na balança comercial através da exportação de produtos de excelência e maior quantidade”.
Palmela capital europeia do vinho
O facto de Palmela ser considerada a capital europeia do vinho faz com que a região seja vista como um “impulsionador da economia vinícola” e vê o trabalho que a câmara municipal tem exercido, juntamente com outros agentes económicos da região, como “muito bom para a projeção internacional dos vinhos e sua divulgação em novos mercados”.
Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara Municipal de Palmela refere as condições que o concelho oferece para a dinamização das atividades económicas, desde a indústria automóvel à agricultura, mas admite que o trabalho em parceria deve ser executado para uma melhor garantia do futuro.
“Pela centralidade, condições naturais e acessibilidade, Palmela tem condições excelentes para a proliferação das várias indústrias implementadas no concelho, mas nada pode ser feito sem que todos os agentes económicos trabalhem no mesmo sentido e com o mesmo objetivo”, afirma a autarca que demonstra ainda alguma preocupação pelos pequenos agricultores da região que não têm condições para dinamizar as suas adegas com novas tecnologias. A definição de políticas que atendam aos melhores interesses dos agricultores é então a solução para esse problema.
Para a chefe do executivo de Palmela, o trabalho que deve ser feito pelo Governo para não deixar que os pequenos agricultores vejam o seu trabalho a acabar mas, “antes pelo contrário, devem dar frutos e contribuir para o desenvolvimento da economia”.
Assunção Cristas, por seu lado, faz ainda alusão à nova Política Agrícola Comum ou aos investimentos no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) que significam “um impulsionar da agricultura”. “Em 2011 foram executados 660 milhões de euros das verbas do Proder no terreno e em 2012 a meta a atingir vai ser a mesma”, adianta.
Agência de Notícias
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