“A minha paixão pelo
Vitória vem de miúdo”
O presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos
Fonseca, conheceu quarta-feira, o Bonfim, a casa do clube do seu coração. O
chefe de Estado, que tinha à sua espera as antigas glórias do Vitória de
Setúbal, Mourinho Félix, Fernando Tomé e Octávio Machado, deu provas de ser um
profundo conhecedor da história das principais taças expostas na sala de
troféus dos sadinos.
Jorge Carlos Fonseca foi recebido na sala de troféus do Bonfim |
Na hora de explicar as razões da sua preferência
clubística, Jorge Carlos Fonseca foi perentório. “A minha paixão pelo Vitória
vem de miúdo, já que o meu pai também era adepto do clube. Depois acompanhei e
vibrei com as jornadas europeias dos anos 60 e 70”, recorda, frisando que nessa
altura não era invulgar encontrar adeptos vitorianos em Cabo Verde.
“Quando fui eleito Presidente da
República, disse ao Jornal A Bola que era adepto do Vitória de Setúbal. Por
isso, aqui estou hoje, para perceber um pouco melhor da vida e história deste
grande clube, que aprendi a admirar”, disse o Presidente
da República de Cabo Verde, na sua primeira visita oficial a Portugal.
Jorge Carlos Fonseca, foi recebido na sala
de troféus “Josué Monteiro”, sendo recebido pelo presidente do Vitória, bem
como pela presidente da Câmara Municipal. “Recebi influência de meu pai, que era
adepto deste grande clube e não sei se não terá vivido em Setúbal ou sido
jogador aqui,” disse o Presidente cabo-verdiano, eleito há nove meses.
Jorge Carlos Fonseca revelou que,
desde menino e moço, “sou adepto do Vitória.” Denotando uma impressionante
memória sobre os feitos e história do clube do Bonfim, o Chefe de Estado
cabo-verdiano até se deu ao luxo de discutir datas e resultados com alguns dos
elementos da comitiva vitoriana.
“Então não se lembra de ter jogado aquela
final da Taça que o Vitória perdeu para o Benfica por 3-1, em 1960?”,
perguntou, algo indignado, o Presidente da República de Cabo Verde a Félix
Mourinho, ex. guarda-redes vitoriano, perante alguma incerteza deste.
O “Mourinho” de Cabo
Verde
Jorge Carlos Fonseca revelou ter
estudado em Coimbra, mas sempre com uma costela do Vitória. “Também joguei em
Cabo Verde, no Vitória F.C. da Praia onde fui guarda-redes, e até me chamavam
Mourinho, numa alusão ao guarda-redes do Vitória. Depois, saí da baliza para
jogar a defesa-esquerdo, e passaram a chamar-me Carriço, o lateral da altura do
Vitória.”
O agora presidente guarda boas
recordações vitorianas, particularmente dos anos 60 e 70, épocas do apogeu
desportivo vitoriano.
Instado sobre a actualidade do Clube,
o líder cabo-verdiano regozijou-se pela manutenção entre os maiores “à
tangente”. Mas também revelou que gostaria de ver a equipa “a lutar por outros
lugares na tabela classificativa.” Como clube de grande história, “seria
importante que, progressivamente, possa reforçar os alicerces”, disse o chefe
de estado de Cabo Verde.
Jorge Carlos Fonseca acredita ter
passado ao lado da carreira de treinador de futebol, conforme confessou: “Passe
a vaidade, sempre tive a ideia de que poderia ser um grande treinador, ainda
frequentei um curso, mas a vida não permitiu continuação,” revelou, falando de
José Mourinho: “Caso tivesse seguido a carreira, poderia ter sido eu o
‘Especial”, disse, entre sorrisos de todos.
No final desta visita, o líder
cabo-verdiano aproveitou a presença de Mourinho Félix, pai do melhor treinador
do mundo, a quem pediu para transmitir ao filho o convite para uma deslocação a
Cabo Verde. Convite também ingressado ao Vitória de Setúbal para um jogo na
Ilha de Cabo Verde.
Agência de Notícias
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