Portas da Cidade do Rock já
abriram
Sol, calor e música. A trilogia parece estar hoje
garantida no arranque de mais um Rock in Rio Lisboa, no Parque da Bela Vista. E
de forma ‘rasgativa’, a avaliar pelo cartaz ‘metaleiro’, com os Metallica como
cabeças-de-cartaz desta noite. Um dado preocupante é o facto de os trabalhadores
do Metro de Lisboa não aceitarem as propostas da empresa para trabalhos
excepcionais durante o festival. Assim, diz a direcção do Rock in Rio, "oficialmente o Metropolitano assegurará o
transporte", mas está já traçado "um plano B com os autocarros da
Carris".
Evanescence é uma das primeiras bandas a subir ao palco |
Depois dos Mastodon e dos Evanescence é aos Metallica que cabem as honras da casa. E se a banda de Los Angeles já é presença habitual no nosso País – e no Rock in Rio Lisboa, onde actuaram em 2008 –, há uma novidade: o espectáculo será dedicado ao álbum homónimo, também conhecido por ‘Black Album’, lançado há 20 anos.
Outros repetentes no festival são os Linkin Park, que também atraem multidões. Daí que amanhã se espere uma enchente na Bela Vista. Tal como há quatro anos, num cartaz que incluía os The Offspring – que também actuam – e os Muse (que regressaram em 2010), quando a banda de Chester Bennington actuou perante 90 mil pessoas, a lotação da Cidade do Rock.
Mas até ao final do festival, a 3 de Junho, há muito para aproveitar, ao longo de cinco dias. Há repetentes como Lenny Kravitz, Joss Stone ou Ivete Sangalo para rever. E estreias absolutas. Uma das mais esperadas está guardada para o fim: Bruce Springsteen, ‘the Boss’, volta a Lisboa volvidos 19 anos sobre o concerto no antigo Estádio José Alvalade, para gáudio dos fãs.
O festival pode ser visto em direto na Sic Radical e na Sic Mulher.
Amanhã e 3 de Junho...
os dias mais cheios
"O dia mais vendido é sábado e o último [3 de Junho], com Bruce Springsteen, vai pelo mesmo caminho." As palavras são de Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, que está confiante no sucesso do festival. "A crise existe desde 2010, mas esperamos superar os números de então [329 mil pessoas] ou, pelo menos, igualar", disse a empresária. Destacando como atractivos a Rock Street e a Street Dance, dois novos espaços cénicos, e os duetos do Palco Sunset, Roberta ressalva ainda: "O cartaz deste ano é o melhor. E dá a oportunidade de ver Stevie Wonder e Bruce Springsteen, que não actuam em Portugal há quase 20 anos".
As exigências dos músicos...
The Boss pediu um bar para... 200 pessoas! |
"Plano B" se Metro não garantir
transporte
A organização do Rock in Rio afirmou esta sexta-feira à
agência Lusa que "oficialmente o Metropolitano assegurará o
transporte", mas está já traçado "um plano B com os autocarros da
Carris".
"Após
uma maratona de reuniões com a administração desta empresa [Metropolitano], e
considerando que os trabalhadores não aceitaram as propostas apresentadas, o
transporte que garantiria a mobilidade dos participantes no Rock In Rio não
[se] realizará", lê-se no comunicado.
O Metro, em consonância com a organização do Rock in Rio,
tinha previsto alargar a circulação dos comboios em algumas estações e linhas
além da hora habitual de encerramento deste transporte, à uma da madrugada.
Trabalhadores do Metro recusam fazer horas extraordinárias |
"O Metropolitano de Lisboa, durante os dias de realização do evento Rock in Rio (dias 25 e 26 de Maio e 1, 2 e 3 de Junho) encerrará o seu serviço às duas da manhã assegurando a última partida da estação Bela Vista cerca da 1h30", refere a empresa de transportes em comunicado.
No mesmo documento, o Metropolitano de Lisboa garante que tentou assegurar o prolongamento do seu serviço comercial de transporte até às 4 da manhã em cada um daqueles dias, mas tal não foi possível.
Durante a realização dos plenários, alguns trabalhadores do Metro "tomaram uma posição extrema, recusando a prestação de qualquer serviço para o Rock in Rio, utilizando formas de pressão totalmente desajustadas, inclusivamente através de ameaças à integridade física, junto daqueles que se disponibilizaram para a realização do serviço", refere a empresa, que terá apresentado uma proposta de compensação aos trabalhadores para "pagar o trabalho executado em regime excecional".
Paulo
Jorge Oliveira
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