Ministro “acalma” bombeiros


Governo disponível a estudar modelos de financiamento

O ministro da Administração Interna afirmou, este domingo, que as "expressões fortes" do presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros "não resolvem nada", mas assegurou que o Governo está "recetivo" para trabalhar conjuntamente num "novo modelo de financiamento" das corporações.

Miguel Macedo disponível para estudar financiamento aos bombeiros

Em Vila Verde para a inauguração da Unidade Local de Formação de Bombeiros, Miguel Macedo esclareceu que os "ajustamentos" na área da Proteção Civil que o Governo está a equacionar "não põem em causa as corporações voluntárias".
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros aconselhou o Governo a "dar uma vassourada" na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) reagindo, assim, às palavras do secretário de Estado da Administração Interna que disse que os bombeiros voluntários têm de encontrar novas fórmulas de organização.
Segundo o ministro, "o Governo está recetivo a trabalhar em conjunto com a liga de bombeiros num novo modelo de financiamento das corporações", admitindo também a "necessidade de fazer ajustamentos na área da proteção civil".
Como exemplo destes ajustamentos, Macedo apontou a extinção da empresa de meios aéreos que, lembrou, o governo vai "operar em conjunto com o ministério da Saúde e os meios da proteção civil e de socorro de emergência médica".

Apelos ao diálogo
Confrontado com as declarações de Jaime Soares, que aconselhou ao Governo uma "vassourada" da ANPC, Miguel Macedo considerou que o uso de "expressões fortes não resolve nada".
Até porque, afirmou, o "processo de discussão" entre Liga e Governo, assim como outras entidades, "tem andando bem e com frutos".
Ainda sobre as declarações de Jaime Soares, o ministro afirmou que o seu papel é "encontrar soluções" e não "contribuir com gasolina para um incêndio alheio".
Isto porque, admitiu o governante, "houve sempre alguma tensão entre a estrutura nacional de Proteção Civil e os bombeiros".
Reafirmando que o Governo "assume" as áreas de segurança e proteção civil como uma área "em que não se devem fazer cortes", o ministro voltou a apontar a "racionalização de estruturas" como linha orientadora da reforma que está a ser preparada.
No entanto Miguel Macedo escusou-se a adiantar mais detalhes sobre a referida reforma.
"Vou apresentar o trabalho feito, quando ele tiver todo estruturado, acho que é assim que deve ser feito", disse o ministro.

Agência de Notícias 

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