Prestações do crédito à habitação baixam mais de
6 por cento
É um mínimo histórico. A
Euribor a seis meses, taxa que serve de principal referência ao crédito à
habitação em Portugal, atingiu ontem 0,998 por cento. A prestação mensal das
casas vai baixar para quem tenha os seus contratos revistos em Junho. Assim, um
empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, pode vir a custar menos 31,92
euros/mês: de 401,44 euros, em Abril de 2011, para 369,52 euros, tendo em conta
uma estimativa feita no simulador do Banco de Portugal, para um ‘spread’ de 1
por cento.
Taxa de juro baixam para menos de 1 por cento |
Estes cálculos são efectuados com base na média
mensal das taxas Euribor de Abril, a referência para a fixação da prestação dos
empréstimos que são revistos em Maio.
As taxas Euribor têm vindo a descer, a reflectir as decisões do Banco Central Europeu (BCE) que voltou a colocar o preço do dinheiro na Zona Euro no mínimo histórico de 1 por cento. E as perspectivas são de que se mantenha assim durante algum tempo, com alguns economistas a acreditarem que a autoridade monetária vai optar por descer ainda mais a taxa de juro. Se se confirmar, a Zona Euro terá uma taxa de juro de referência como nunca teve. O valor mais baixo alguma vez praticado na região foi de 1 por cento.
Os problemas no sector financeiro, a crise de dívida e a evolução da economia, que em muitos países é já de contracção, têm ditado cautela na política monetária. Com isto, as famílias têm sentido algum alívio nos encargos com o crédito à habitação.
As taxas Euribor têm vindo a descer, a reflectir as decisões do Banco Central Europeu (BCE) que voltou a colocar o preço do dinheiro na Zona Euro no mínimo histórico de 1 por cento. E as perspectivas são de que se mantenha assim durante algum tempo, com alguns economistas a acreditarem que a autoridade monetária vai optar por descer ainda mais a taxa de juro. Se se confirmar, a Zona Euro terá uma taxa de juro de referência como nunca teve. O valor mais baixo alguma vez praticado na região foi de 1 por cento.
Os problemas no sector financeiro, a crise de dívida e a evolução da economia, que em muitos países é já de contracção, têm ditado cautela na política monetária. Com isto, as famílias têm sentido algum alívio nos encargos com o crédito à habitação.
Juros a
descer desde 2008
Em 2008, antes de estourar a crise do “subprime” nos EUA que levou a reduções de juros em todo o mundo, depois da falência do Lehman Brothers, as taxas de juro na Zona Euro estavam bastante mais altas. O BCE subiu, pela última vez nesse período o preço do dinheiro na região para em Julho de 2008 para 4,25 por cento.
Esta decisão acabou por elevar as taxas Euribor que, após a falência do Lehman Brothers dispararam para valores superiores a 5 por cento.
Tendo em consideração um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um “spread” de 1 por cento a prestação de um crédito chegou a ser de 606,83 euros, para os casos em que estava associado à Euribor a três meses. O que significa um encargo superior em cerca de 250 euros, ou seja 70 por cento, face ao caso acima exposto.
Para os créditos indexados à Euribor a seis meses, a prestação mais elevada foi de 613,70 euros, ou seja, mais 65,1 por cento, ou 242 euros.
Em 2008, antes de estourar a crise do “subprime” nos EUA que levou a reduções de juros em todo o mundo, depois da falência do Lehman Brothers, as taxas de juro na Zona Euro estavam bastante mais altas. O BCE subiu, pela última vez nesse período o preço do dinheiro na região para em Julho de 2008 para 4,25 por cento.
Esta decisão acabou por elevar as taxas Euribor que, após a falência do Lehman Brothers dispararam para valores superiores a 5 por cento.
Tendo em consideração um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um “spread” de 1 por cento a prestação de um crédito chegou a ser de 606,83 euros, para os casos em que estava associado à Euribor a três meses. O que significa um encargo superior em cerca de 250 euros, ou seja 70 por cento, face ao caso acima exposto.
Para os créditos indexados à Euribor a seis meses, a prestação mais elevada foi de 613,70 euros, ou seja, mais 65,1 por cento, ou 242 euros.
Caso de Portalegre assusta bancos
Agora, no caso de o empréstimo ser de
150 mil euros, a 30 anos, a diferença é superior e atinge-se uma poupança próxima
dos 48 euros/mês (47,88 euros). Mas, as contas não se aplicam a novos contratos
com os bancos.
Hoje, quem quiser comprar casa tem de suportar um crédito
à habitação com um ‘spread’ de 6,5 por cento muito acima da média aplicável há
alguns anos.
Num mercado em crise profunda, a decisão do Tribunal de
Portalegre, ao considerar que a entrega de um imóvel ao banco salda a dívida do
proprietário, está a assustar o sector financeiro.
No seguimento desta decisão, Leonor
Coutinho, da SEFIN, pede ao Governo que legisle. "É necessário que o
Governo avance com legislação, porque os bancos estão numa posição difícil, mas
dominante. Ainda por cima estão a estragar o mercado imobiliário", disse a dirigente daquela associação de consumidores
de produtos financeiros.
Quem está numa situação de desemprego e quer vender a
casa tem muita dificuldade, "porque quem comprar só consegue crédito se
for uma casa vendida pelo próprio banco", diz Leonor Coutinho. Por outro
lado, a antiga proprietária da casa, em Portalegre, Elsa Geadas, disse à Lusa
que se fez "justiça" com a decisão. Na base do processo estavam 46
mil euros.
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