CP com greve de revisores e bilheteiras até sexta-feira


Ligações de comboio dificultadas na Grande Lisboa

A CP registou esta quinta-feira a supressão de 89 por cento dos comboios previstos, devido à greve dos trabalhadores das bilheteiras e revisores dos comboios urbanos de Lisboa. De tarde a situação pode voltar a piorar.


Greve de revisores e bilheteiras da CP transtornam milhares de pessoas  

"A situação desta manhã apresenta-se bastante mais complicada do que a de ontem (quarta-feira). Até às 6 horas registávamos 89 por cento de supressões de comboios", disse a porta-voz da CP, Ana Portela, à agência Lusa, sublinhando que dos 27 comboios previstos se realizaram apenas três.
De acordo com a mesma fonte, com a circulação da linha do Sado normalizada durante o período da manhã, os problemas surgem na linha de Sintra, onde a CP tenta ter pelo menos um comboio por hora, na linha de Cascais, com alguma circulação prevista até às 07h30, e na linha da Azambuja que apresenta bastantes dificuldades.
"É um cenário bastante mais complicado. Vai haver, pelo menos nestas primeiras horas da manhã, bastantes menos comboios do que aqueles que foi possível fazer ontem (quarta-feira)", salientou a porta-voz da CP.

Trabalhadores querem ser pagos a 100 por cento nos feriados e dias de descanso
O presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Itinerante Comercial (SFRCI), Luís Bravo, garantiu que na linha de Sintra a adesão à greve ronda os 95 por cento e que apenas três comboios foram realizados.
Esta greve foi convocada porque os trabalhadores das bilheteiras e os revisores pretendem ser pagos a 100 por cento nos dias de descanso e feriados, como está estipulado no acordo de empresa.
Depois de informados pela CP de que os ministérios da Economia e das Finanças apenas vão pagar aqueles dias a 50 por cento, e com retroativos a janeiro, os funcionários do serviço comercial da CP disseram sentir-se defraudados.
A greve continua até amanhã.


Paulo Jorge Oliveira 

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