Matou a mulher grávida e tentou suicidar-se no Cabo Espichel

Homem asfixia mulher até à morte

Alcino Júnior Valente, de 26 anos, matou a mulher, grávida de quatro meses, na sua residência, perto da estação de Queluz, e tentou suicidar-se. Depois do crime, ocorrido na noite de domingo, o homem foi até Sesimbra, onde tentou atirar-se de um penhasco. Mas a GNR foi alertada e conseguiu retirá-lo do local. À guarda, Junior Valente disse que tentava suicidar-se porque tinha acabado de matar a mulher. Um crime que chocou o país.

Alcino asfixiou mulher grávida de quatro meses

Sobre Júnior, dizem os vizinhos de Queluz, sabemos que era um “rapaz tímido, educado e temente a Deus”. O próprio reconhece que era raro ter conflitos com a mulher, Danúbia, jovem de 22 anos, grávida de quatro meses. Já hoje, o Correio da Manhã, afirma que o jovem teve encontros sexuais com actores de televisão e advogados. De acordo com aquele jornal, o jovem apresentava serviços de acompanhantes em várias agências online e em Lisboa era presença assídua como bailarino e stripper. A namorada, Danúbia, costumava acompanhá-lo nas actuações. Anteontem, após uma discussão, asfixiou-a até à morte. O homicídio chocou os vizinhos, a região e um país inteiro.

Foi descoberto horas depois, ao final da manhã de segunda-feira, quando militares da GNR encontraram Alcino à beira de um penhasco no cabo Espichel, em Sesimbra. Estava a tremer, ameaçando suicidar-se. E confessou o seu motivo: dentro do apartamento de Queluz deixara morta Danúbia e a criança que esta gerava há quatro meses. Eram todos brasileiros.

A GNR contactou de imediato a PSP, que patrulha a área de Queluz, e rapidamente se soube a verdade. Alcino e Danúbia Toxien viviam há quatro meses juntos, no segundo andar do edifício. Os bombeiros foram os primeiros a chegar ao local, encontrando o corpo de Danúbia deitado na cama. Ao lado, a almofada que terá sido usada por Alcino para asfixiar a companheira. Os lençóis estavam manchados de sangue, ao que tudo indica, devido a uma pancada na cabeça.

Uma vizinha afirmou que "muita gente nem sabia da presença da jovem na casa". Quanto a Alcino, poucas vezes era visto. Ninguém lhe conhecia hábitos ou rotinas. Uma outra vizinha revelou que o proprietário da habitação, arrendada pelo casal brasileiro, ficou perplexo com o inesperado crime. "Fartou-se de chorar e disse que nunca esperava aquilo de alguém tão educado".

Tentativa de suicídio no Cabo Espichel

Após asfixiar até à morte a companheira, Alcino Júnior saiu descontrolado de casa, disposto a acabar com a própria vida. Apanhou um táxi e percorreu mais de 55 quilómetros até ao cabo Espichel, em Sesimbra. Alertada pelo taxista, que estranhou o comportamento do homem, a GNR foi ao local.

Alcino já tinha ultrapassado os pinos que agora impedem os carros de se aproximarem dos penhascos, por causa dos suicídios. O brasileiro preparava-se para saltar quando foi abordado por militares, que o resgataram e obtiveram a confissão.

Agência de Notícias