Ministério da Saúde recebeu autarcas de Seixal, Almada e Sesimbra por causa de Hospital

Não há dinheiro para avançar com hospital do Seixal

Em janeiro, um grupo constituído por autarcas, representantes de comissões de utentes e cidadãos dos municípios de Almada, Seixal e Sesimbra entregaram mil fitas azuis no Ministério da Saúde, em protesto pela falta de resposta a um pedido de reunião feito há seis meses pelos três presidentes de Câmara destes municípios. Paulo Macedo, ao fim de tanto tempo, lá aceitou em falar com os autarcas. Apesar de tudo, da reunião os autarcas do distrito não trouxeram notícias animadoras: Paulo Macedo diz que o Governo não tem dinheiro para a obra. Referiu ainda empenho em concluir a obra do centro de Saúde de Quinta do Conde e especial preocupação com Sesimbra porque “é o município mais distante de eventuais hospitais”. 

Ministro diz que Governo não tem verbas para fazer Hospital do Seixal 


No inicio de fevereiro, o ministro da saúde, Paulo Macedo, e o secretário de Estado adjunto, Fernando Leal da Costa, receberam os três autarcas num encontro onde se abordaram os principais problemas que afetam a região, em termos de serviços de saúde.
Em relação ao Hospital do Seixal, o ponto mais importante da reunião, o ministro Paulo Macedo não tem dúvida que se justifica, com base nos dados apresentados, mas garante que não há capacidade financeira, no horizonte deste Governo, para se avançar com a sua construção.
Em alternativa, o Ministério está a desenvolver um estudo com vista à rentabilização dos três hospitais existentes – Almada, Setúbal e Barreiro - para que os munícipes do Seixal e Sesimbra possam ter mais alternativas. “Neste contexto, o Hospital Garcia de Orta manter-se-á como uma unidade de referência na Área Metropolitana de Lisboa, com uma urgência polivalente e alguns serviços especializados”, garantiu o ministro da Saúde.

Turismo de Sesimbra merece atenção

Quanto aos problemas concretos do concelho de Sesimbra, o  ministro mostrou uma preocupação especial pelo caso da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, afirmando o seu empenho na “conclusão das obras da extensão de saúde, para que os serviços prestados possam ser melhorados”.
No caso do horário do SAP de Sesimbra, a decisão será tomada de acordo com o resultado da avaliação da rede de urgências, em curso, tal como já tinha sido transmitido.
No entanto, tanto o ministro como o secretário de Estado, consideraram que “Sesimbra é um caso à parte, tanto pela distância a que está do hospital mais próximo, como pelo facto de ser um concelho com uma componente turística muito forte o que, em certos períodos aumenta consideravelmente o número de residentes, e que esses fatores vão pesar na decisão”, diz Paulo Macedo.

Paulo Jorge Oliveira 

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