Em Reportagem: PS acusa de Câmara da Moita de inércia em relação a poluição no Tejo

Caldeira da Moita está poluída, acusa o PS local

O Partido Socialista da Moita está preocupado com “o atentado ambiental” na Caldeira da Moita. As águas do Rio da Moita chegam negras e contaminadas ao Tejo, com graves consequências para a flora e fauna local. Em novembro passado, o executivo afirmou tratar-se de um “problema ténico da Estação da Amarsul que ficaria resolvida em duas a três semanas”. Dois meses depois, dizem os socialistas, a situação está na mesma e criticam o “encolher de ombros do executivo” face à gravidade do problema.

Caldeira da Moita recebe águas negras e contaminadas 


Em comunicado, o grupo de vereadores do PS da Câmara da Moita explicou ao ADN que a poluição na Caldeira da Moita é resultado de “águas altamente poluídas e contaminadas que ali chegam através do Rio da Moita”. Em novembro do ano passado, os socialistas interpelaram a Câmara da Moita através do vereador responsável do pelouro numa Sessão de Câmara e antes de uma sessão da Assembleia Municipal.
Na ocasião, de acordo com o PS, obtiveram como resposta tratar-se de um “problema técnico na estação de tratamento de resíduos sólidos da Amarsul, mas que a mesma estaria a ser resolvida o que aconteceria no prazo de 2 a 3 semanas, com o correto desvio destas água para a estação de tratamento Moita/Barreiro da Simarsul”.

Dois meses depois e... tudo na mesma

Dois meses depois, o problema persiste e as águas do Rio da Moita chegam à Caldeira do Tejo “negras e mal cheirosas, contaminando as águas do Tejo provocando danos nos recursos vivos e na vida marinha com consequentes riscos para a saúde humana e para o equilíbrio ecológico”, refere o PS local.
Os socialistas realçam ainda “o comprometimento dos objetivos que levaram à construção do açude da caldeira da Moita que proporcionaria um espelho de água e um lugar aprazível em pleno centro da vila e no qual foram gastos alguns milhões de euros provenientes de fundos comunitários, do Governo Central, da Administração do Porto de Lisboa, bem ainda como do próprio Município”.

PS crítica “encolher de ombros” do executivo comunista
Fauna e flora do Tejo podem estar ameaçadas se nada for feito de imediato 

E dizem mais os socialistas ao apontar o dedo à gestão da autarquia na área do ambiente. “Os moitenses interrogam-se de que serve o sacrifício de pagarem mais 48 cêntimos em cada metro cúbico de água consumidos para suportar uma Estação de Tratamentos de Águas Residuais e outras taxas para tratamentos de resíduos sólidos urbanos, para depois serem confrontados com este verdadeiro atentado ao ambiente”, conta o Secretariado da Comissão Politica Concelhia do Partido Socialista da Moita, ao ADN.  
Desta forma, tornando-se eco dos protestos da população moitense, o Partido Socialista quer “denunciar a atitude deste encolher de ombros do executivo CDU da Câmara da Moita face a este grave atentado à natureza e ao ambiente, que demonstra que desta forma, e como frequentemente temos vindo a afirmar, infelizmente, na Moita não se vive bem à beira Tejo”, conclui o comunicado socialista.

Paulo Jorge Oliveira 

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