Barreiro considera Quinta do Braamcamp “uma pérola”

Autarquia quer desenvolver projecto no local até 2019 

O presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, afirmou que pretende ter definido, até meio de 2019, o projecto para a Quinta do Braamcamp, referindo que o espaço terá habitação, hotelaria e restauração, mas abertos à cidade. “A Quinta do Braamcamp é uma pérola que é propriedade do município. São 21 hectares de terreno em frente ao rio, virado para Lisboa. Este projecto pode ser uma alavanca importante para o Barreiro e para a reconversão de toda a zona”, afirmou o autarca. Frederico Rosa esteve presente na feira internacional de imobiliário, o Mipim, que decorreu até este domingo, em Cannes, na França, onde aproveitou para reunir com investidores que podem estar interessados no projeto.
Autarquia empenhada a dar nova vida à Quinta do Braamcamp

“O que nos interessa é discutir projeto e não fazer apenas uma operação imobiliária de compra e venda de terrenos. Queremos ter habitação, hotelaria, restauração e lazer, mas não pode ser uma zona de condomínio fechado. Neste momento o mais importante é o projeto, porque se quiserem fazer na zona um arranha-céus, eu não deixo”, defendeu o autarca.
Frederico Rosa afirmou que a autarquia do Barreiro tem “uma grande vontade” de, até meio de 2019, ter a decisão tomada sobre qual o projecto que será desenvolvido naquele território.
Segundo o presidente, apesar de o Plano Director Municipal (PDM) ser de 1994, está prevista a construção no local.
“Com este ‘boom’ imobiliário, temos sido abordados por diversos promotores com os seus projetos e ideias. Já recebemos projetos preliminares de meia dúzia de investidores, outros querem apresentar ainda projetos e vai chegar o momento de decidir. Temos interessados nacionais e estrangeiros”, frisou o presidente da autarquia.
A Câmara do Barreiro anunciou, em 2016, a assinatura da escritura de aquisição da Quinta do Braamcamp, situada junto ao rio Tejo, entre o município e o Banco Comercial Português, num acordo avaliado em 2,9 milhões de euros.
A compra da Quinta do Braamcamp foi efetuada no mandato do anterior presidente da autarquia barreirense, Carlos Humberto (PCP), mas a decisão mereceu a aprovação de toda a oposição no executivo municipal de então.
Neste local, o município pretende requalificar o "espaço junto ao rio, com o reaproveitamento das caldeiras, o aproveitamento de estruturas desocupadas, reabilitando-as no sentido de proporcionar aos barreirenses e a quem visita o Concelho novos espaços de lazer. Projetos que pretendem ser uma âncora ao desenvolvimento do Concelho", disse Frederico Rosa, em Novembro do ano passado, aquando a visita da secretária de estado do Turismo. 
Ana Godinho considera que abre aqui espaço para o que se pode fazer no Barreiro. Por outro lado, a Quinta Braamcamp e a Estação Sul e Sueste “representam uma oportunidade que existe de desenvolvimento de produtos turísticos associados, quer ao Património quer ao rio, com a possibilidade de desenvolvimento de desportos náuticos, aproveitando a História e a experiência que o Barreiro já tem através dos clubes muito famosos e know how na matéria”.
A Secretária de Estado salientou o facto desta visita ter permitido “dar uma visão a estes investidores do potencial que existe aqui e que sejam os investidores a ajudar-nos e, todos em conjunto, pensarmos no desenvolvimento de uma atividade económica em torno do turismo”.

Agência de Notícias com Lusa

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