Marcha lenta de volta ao IC1 entre Grândola e Alcácer

Marcha lenta para exigir imediata reparação do IC1

Os utentes do IC1 realizam esta sexta-feira uma marcha lenta para recordar a urgência de se intervir nesta via. Sob o lema 'Chega de Sangue e Morte', a iniciativa parte à mesma hora de Alcácer do Sal e de Grândola com destino a Castelo Ventoso, em Santiago do Cacém. “Como forma de luta pela exigência imediata de uma infra-estrutura rodoviária com condições de circulação em plena segurança e pelo cumprimento da Resolução Aprovada por unanimidade (PSD, PS, CDS, BE, PCP, PEV e PAN) na Assembleia da República, a exigir ao Governo a urgente reparação do IC1, a Comissão de Utentes do IC1 de Alcácer do Sal e Grândola decidiu marcar a iniciativa de marcha lenta automóvel”, explica a Comissão de Utentes em comunicado. 
Utentes do IC1 voltam aos protestos esta sexta-feira 

"Após anos a fio em que o sangue e a morte brutal de muitos foi manchando o alcatrão da vergonha", os utentes daquela via rodoviária promovem agora esta iniciativa que visa exigir ao Governo "a reparação imediata do troço da Estrada Nacional n.º 5 e da Estrada Nacional n.º 120, compreendido entre Alcácer do Sal/Palma e Grândola", lê-se no comunicado enviado pela Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano.
Os utentes recordam que a exigência vem descrita na Resolução da Assembleia da República de 20 de Julho, a qual recomenda ao Governo a reparação e beneficiação urgente do IC1, no troço entre Alcácer do Sal e Grândola, e que está na hora de a fazer cumprir.
A iniciativa parte às 17 horas das duas localidades. Em Alcácer do Sal, a concentração de utentes acontece junto à Praça de Touros, em Grândola, junto ao Recinto da Feira (Lidl).
"Ambas irão iniciar a marcha lenta com destino a Castelo Ventoso, ao quilómetro 10 da Estrada Nacional n.º 120, unindo-se nessa grande acção de luta, para regressarem em conjunto a Grândola, com a concentração a ocorrer junto do Monumento Comemorativo do 25 de Abril, naquela vila", explicam no documento.
A coordenadora das comissões de utentes deixa o apelo à população para que "participe activamente nesta iniciativa, não deixando em mãos alheias a resolução dos seus problemas".
Esta é a segunda marcha lenta realizada este ano. Mas 2016 foi pleno de acções para reivindicar a urgente reparação da apelidada "estrada da morte", com os utentes a exigirem respeito. A última aconteceu em Lisboa, em frente ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, a 27 de Outubro.
A acelerada degradação da via tem provocado um aumento dos índices de sinistralidade com vítimas mortais. O último episódio ocorreu no domingo, 20, e vitimou duas pessoas.

Câmaras de Alcácer do Sal e Grândola questionam ministro 
Os presidentes dos municípios de Grândola e de Alcácer do Sal já questionaram o ministro do Planeamento e das Infraestruturas sobre as obras no IC1 e alertaram Pedro Marques para o "elevado estado de degradação", da via que liga os dois concelhos do distrito de Setúbal.
Em carta enviada, em Setembro,  os eleitos renovam a sua preocupação com o avançado estado de degradação do troço do IC1, que liga Alcácer do Sal e Grândola, e afirmam que "não podem existir quaisquer razões de ordem burocrática que justifiquem o adiamento de anos para a solução deste problema".
O apelo surge no seguimento das declarações que Pedro Marques fez no parlamento, onde garantiu lançar o concurso para a requalificação do troço do IC1 que atravessa os dois concelhos alentejanos assim que concluir a negociação com a concessionária.
"Assim que as condições estiverem reunidas lançaremos o concurso de imediato", declarou o ministro das Infraestruturas, explicando que primeiro tem de ser concluída a negociação da Parceria Público Privada para o Governo poder avançar com a requalificação.
A afirmação agravou as preocupações dos presidentes de Grândola, António Figueira Mendes, e de Alcácer do Sal, Vítor Proença, para quem a situação é "insustentável» e coloca em risco os mais de nove mil utilizadores diários deste troço. A propósito, no documento enviado ao ministro dão conta do aumento dos índices de sinistralidade com vítimas mortais".
"Por todas estas razões, as autarquias, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, comissões de utentes, empresas, forças de segurança e população em geral têm apelado de diversas formas pela urgente reparação deste troço, contudo, esta intervenção tem sido sucessivamente adiada", denunciam os autarcas.
Recentemente a Assembleia Municipal de Grândola e a Comissão de Utentes voltaram também a exigir a urgente reparação deste troço e a apelar ao governo que o Orçamento de Estado para 2017 – em fase de preparação – inclua, com carácter de prioridade, esta intervenção.

Agência de Notícias 

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