Autarcas querem ligação entre o Montijo e Barreiro em túnel

Ligação por túnel “tem menos impactos ambientais”

A ligação entre o Barreiro e o Montijo é uma revindicação antiga das autarquias da região. Já se fizeram projetos e traçados, já se apontou a pontes e rodovias para ligar as duas cidades do Tejo mas, até agora, nada avançou no terreno. Agora, o presidente da Câmara do Montijo sugere que a ligação seja feita em túnel. Uma ideia que agrada aos presidentes das câmaras da Moita e do Barreiro. O chefe do executivo da Moita, Rui Garcia, já disse que “essa foi a posição que nós tivemos desde o principio. O projeto que a Lusoponte nos apresentou há alguns anos atrás, mereceu-nos muitas reservas do ponto de vista de impactos ambientais". Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, refere que “a hipótese por túnel não o desagrada, demonstrando abertura para conversa sobre o assunto”. Quem não gosta da ideia de túnel é a distrital social-democrata que prefere que a ligação seja feita em via rodoviária, através da Base do Montijo.
Autarcas da Moita, Montijo e Barreiro defende ligação por túnel 

Os presidentes das Câmaras Municipais do Barreiro e da Moita estão de acordo com uma possível ligação entre o Barreiro e o Montijo por túnel, proposta que foi avançada por Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, como alternativa a uma ligação por ponte ou rodovia.
Uma ideia que agrada a Rui Garcia, presidente da autarquia da Moita, que recorda que “ligação por túnel foi a posição que a autarquia teve desde início do processo”. O autarca da Moita sublinha que “quer estudar outras alternativas”, mas considera a ligação por túnel como aquela que “tem menos impactos ambientais”.
 Rui Garcia acrescenta que “a proposta que a Lusoponte apresentou há alguns anos atrás mereceu muitas reservas do ponto de vista ambiental”, uma vez que “o estudo que apresentavam não era acompanhado de uma avaliação de impacto ambiental”, tendo o município “discordado daquela solução”.
Rui Garcia disse ainda que "sempre apontámos que uma das alternativas que nos parecia possível, era do estudo de um túnel, ou então uma ponte de outras características que não aquela apresentada, a qual pela sua dimensão, pela sua distancia, porque era uma ponte muito prolongada, ao longo de várias centenas de metros ia paralela à margem, uma coisa que não faz muito sentido".
Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro, refere que “a hipótese por túnel não o desagrada, demonstrando abertura para conversa sobre o assunto”.
O autarca lembra que “a posição que têm hoje é a mesma, seja por ponte ou túnel”, sendo “o mais importante haver a viabilidade dessa ligação”, que “não traga problemas ambientais e de inserção urbana”.
Quem é frontalmente contra é o líder da distrital do PSD de Setúbal - e vereador na Câmara do Barreiro -, Bruno Vitorino. O social-democrata já expressou a sua discordância sobre a proposta de ligação do Barreiro ao Montijo através de um túnel . “A ligação deve ser à Base do Montijo, não é cá por túnel”, disse num debate no Barreiro.
Na opinião do dirigente  do PSD e deputado da Assembleia da República a ligação Barreiro ao Montijo, por via rodoviária, através da Base do Montijo, “é a mais fácil” e, disse, coloca o Barreiro “mais próximo da Ponte Vasco da Gama”.
Recorde-se que em 2012, a Lusoponte estava disposta a investir mais de 80 milhões de euros na construção de uma via rápida de 11 quilómetros que ligasse a península do Barreiro à Ponte Vasco da Gama. O projeto, no entender da empresa, permitiria desviar trânsito da saturada 25 de Abril para a Vasco da Gama e constituía uma alternativa à estudada, mas nunca concretizada terceira travessia do Tejo. Na altura o projeto foi "vetado" pelo município da Moita, sobretudo pelo impacte ambiental e social que teria na chamada "bacia Moita-Sarilhos", para onde previa uma ponte de quatro quilómetros com 76 pilares e apenas um vão com condições de navegabilidade.

Agência de Notícias


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