Reformados protestam hoje em Lisboa e Porto


A marcha contra o “terrorismo social”

Cerca de duas centenas de reformados, pensionistas e idosos são esperados esta sexta-feira em Lisboa numa concentração frente ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social para protestar contra uma política que consideram de “terrorismo social”.

Reformados voltam esta tarde às ruas de Lisboa e Porto 

“Este protesto é a reacção dos reformados ao anúncio que o primeiro-ministro fez ao país das inúmeras medidas de austeridade que se juntam a outras medidas  de austeridade que têm levado ao empobrecimento geral do país e ao agravamento  das condições de vida dos reformados”, disse à agência Lusa o presidente  da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI).
Casimiro Menezes adiantou que muitos reformados desejavam estar presentes no protesto, mas têm dificuldade em ir devido ao “elevado preço dos transportes».
«Isto é um factor desmobilizador” para os idosos poderem participar na concentração marcada para as três da tarde na Praça de Londres.
Na base do protesto do MURPI estão as recentes declarações do Governo a anunciar “um novo assalto aos bolsos dos reformados”.
“Após uma vida de trabalho os reformados, pensionistas e idosos estão a ser alvos de uma política de terrorismo social, com roubos e mais roubos  aos seus rendimentos, às suas reformas e pensões e profundo retrocesso no  direito à saúde”, referiu a confederação.

As perguntas ao ministro... e ao  CDS
Casimiro Menezes disse que os idosos gostariam de perguntar ao ministro da Solidariedade e Segurança Social qual é “a responsabilidade do CDS nas medidas tomadas pelo Governo”.
“Agora aparece Paulo Portas a dizer que não tem nada a ver com a taxa que querem impor aos reformados. Nós perguntamos: onde estava o CDS e Paulo Portas quando o Governo aprovou a contribuição extraordinária de solidariedade, quando aprovou os cortes nas pensões e quando retirou os subsídios de Natal e de férias aos reformados”, sustentou o dirigente. 
O MURPI sublinhou ainda que os reformados, pensionistas e idosos estão a ficar “cada vez mais pobres, sendo-lhes negados direitos constitucionais: o direito à autonomia económica e social, o direito à saúde e à segurança  social”.
A agravar a situação estão as suas “enormes inquietações perante a situação dos seus filhos e netos” que têm de ajudar devido à “catástrofe social” do desemprego, acrescentou Casimiro Menezes. 
Além do protesto em Lisboa, reformados, pensionistas e idosos manifestam-se também no Porto contra as atuais políticas de austeridade.
Esta acção no Norte do país é promovida pela inter-Reformados, a organização de reformados e pensionistas da CGTP-IN, cuja concentração está marcada para as 15 horas, na Praça da Trindade.

Agência de Notícias 

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