Memória e património lado a lado: a batalha pela Comenda continua bem viva na cidade
A Câmara Municipal de Setúbal volta a posicionar-se firmemente contra qualquer tentativa de impedir o acesso da população ao emblemático Parque de Merendas da Comenda, mesmo enquanto defende a proteção do valioso sítio arqueológico ali existente. A autarquia quer garantir que património e lazer convivam lado a lado - sem barreiras, nem vedações.![]() |
Parque de Merendas da Comenda: lazer com história à vista |
O vereador da Cultura, Pedro Pina, foi claro: o município está empenhado em valorizar e proteger o Sítio Arqueológico da Comenda, mas recusa veementemente qualquer medida que leve ao encerramento do espaço à comunidade. “A eventual classificação não pode ser usada como argumento para afastar os setubalenses de um local de convívio que faz parte da sua identidade”, afirmou.
A Comenda, situada numa zona de grande valor histórico e natural, tem sido foco de debate desde que, em Janeiro de 2023, a Câmara retirou as vedações ilegais impostas pelos novos donos da Herdade da Comenda, devolvendo o acesso à população. Poucos meses depois, em Maio, o município firmou um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente, assumindo a gestão do espaço.
Património arqueológico à espera de investigação profunda
O executivo municipal ratificou no passado dia 2 de Julho o parecer submetido às entidades responsáveis pela classificação do sítio, onde expressa a necessidade de uma “reavaliação técnica atualizada” antes de qualquer decisão definitiva.
A autarquia acredita que a classificação nacional, promovida pelo Património Cultural, deve estar alicerçada em investigações arqueológicas sistemáticas que revelem com rigor a dimensão, o estado de conservação e o valor real dos vestígios - desde a vila romana e a fábrica de salga, até à Comenda de Mouguelas, à estrutura militar de 1680 e à casa do arquiteto Raul Lino.
O executivo municipal ratificou no passado dia 2 de Julho o parecer submetido às entidades responsáveis pela classificação do sítio, onde expressa a necessidade de uma “reavaliação técnica atualizada” antes de qualquer decisão definitiva.
A autarquia acredita que a classificação nacional, promovida pelo Património Cultural, deve estar alicerçada em investigações arqueológicas sistemáticas que revelem com rigor a dimensão, o estado de conservação e o valor real dos vestígios - desde a vila romana e a fábrica de salga, até à Comenda de Mouguelas, à estrutura militar de 1680 e à casa do arquiteto Raul Lino.
Equilíbrio entre memória, ciência e comunidade
No parecer entregue à CCDR-LVT e ao Património Cultural, a autarquia propõe uma redefinição da Zona Especial de Proteção (ZEP), de forma a englobar toda a área relevante, e relembra que o Palácio da Comenda já se encontra “em vias de classificação”, o que garante proteção legal eficaz.
A Câmara entende que a proposta de classificação nacional, tal como está, poderá introduzir duplicações burocráticas desnecessárias e dificultar a gestão integrada da zona. Além disso, salienta que o atual regime jurídico já oferece mecanismos suficientes para proteger o património existente, sem sacrificar o acesso da população.
No parecer entregue à CCDR-LVT e ao Património Cultural, a autarquia propõe uma redefinição da Zona Especial de Proteção (ZEP), de forma a englobar toda a área relevante, e relembra que o Palácio da Comenda já se encontra “em vias de classificação”, o que garante proteção legal eficaz.
A Câmara entende que a proposta de classificação nacional, tal como está, poderá introduzir duplicações burocráticas desnecessárias e dificultar a gestão integrada da zona. Além disso, salienta que o atual regime jurídico já oferece mecanismos suficientes para proteger o património existente, sem sacrificar o acesso da população.
Um lugar com história... e com gente
Pedro Pina relembrou que o município não só abriu o espaço à comunidade como tem investido na sua manutenção, garantindo limpeza, segurança e valorização cultural. O Parque de Merendas da Comenda continua a ser um espaço de lazer fundamental para Setúbal, onde gerações partilharam almoços, memórias e tardes de verão.
“Preservar o património não tem de significar isolá-lo. Queremos que o sítio arqueológico da Comenda seja estudado, sim - mas também vivido pela cidade”, concluiu o vereador.
Pedro Pina relembrou que o município não só abriu o espaço à comunidade como tem investido na sua manutenção, garantindo limpeza, segurança e valorização cultural. O Parque de Merendas da Comenda continua a ser um espaço de lazer fundamental para Setúbal, onde gerações partilharam almoços, memórias e tardes de verão.
“Preservar o património não tem de significar isolá-lo. Queremos que o sítio arqueológico da Comenda seja estudado, sim - mas também vivido pela cidade”, concluiu o vereador.
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