Moita investiu mais de 100 milhões em apenas três anos diz a autarquia

Habitação, turismo, acessibilidades e comércio lideram pacote de investimentos que pretende redesenhar o concelho

A Moita está a mudar e depressa, considera o executivo municipal. Com um investimento superior a 100 milhões de euros realizado entre 2022 e 2025, o concelho posiciona-se para se tornar uma nova centralidade na Península de Setúbal. A aposta da autarquia tem sido clara: reforçar infraestruturas, atrair investimento privado e tornar o município mais atrativo para viver, trabalhar e visitar.
Autarquia quer afirmar-se como nova centralidade no distrito 

O presidente da Câmara Municipal da Moita, Carlos Albino, explicou que este impulso transformador está sustentado numa estratégia de acompanhamento próximo aos investidores e numa forte convicção de que “o concelho tem tudo para crescer”, disse o autarca durante uma conferência municipal que visou informar sobre alguns dos mais importantes projetos em curso. 
"O investimento está a ser feito e tem todas as condições para continuar. A Câmara é um parceiro ativo e presente", garantiu o autarca durante uma conferência recente onde deu conta dos projetos em curso.
Entre os projetos já em marcha destaca-se a construção da primeira unidade hoteleira do concelho, com 60 quartos, a nascer em Alhos Vedros. Nessa mesma freguesia está prevista a edificação de um terminal fluvial, uma obra avaliada em cerca de três milhões de euros, já aprovada em Conselho de Ministros. Quando concluído, colocará a Moita a apenas 20 minutos de Lisboa por barco que é uma mais-valia ambiental e estratégica para o município.
A habitação é outra das prioridades. Segundo o autarca, foi uma das carências mais evidentes identificadas nos últimos anos. Agora, com terrenos disponíveis e projetos reativados, o concelho prepara-se para acolher cerca de 2.500 novas moradias na zona da Fonte da Prata, abrangendo soluções para compra, arrendamento e para as classes média e média-alta.
“Estamos a recuperar uma área que ficou ao abandono após a falência do antigo investidor em 2008. Hoje temos um banco a garantir o relançamento do projeto”, revelou Carlos Albino.
A autarquia está já a realizar estudos técnicos para avaliar as condições das infraestruturas existentes e garantir que a nova urbanização seja segura, moderna e sustentável.

Grandes superfícies a chegar e melhoria nas acessibilidades

Mas a transformação não fica por aqui. A Moita atrai, também, investimento no setor do retalho alimentar, estando prevista para 2026 a chegada de uma das maiores marcas ibéricas ao concelho. Um deles será a Mercadona que se alojará na Fonte da Prata. 
Para dar resposta ao aumento da atividade económica e habitacional, a Câmara está a avançar com melhorias nas acessibilidades: desde a criação de um novo nó de acesso à A33 em Alhos Vedros até à construção de uma passagem sobre a via férrea. Estas intervenções, em grande parte asseguradas por parcerias com privados, representam um investimento direto de cerca de 7,5 milhões de euros.
“Quando for altura de avançar, o Estado não terá de se preocupar com a posse dos terrenos, porque nós já garantimos esse processo”, sublinhou o presidente.

Agência de Notícias 
Fotografia: CM Moita 

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