Aprender sem distrações: escola em Sines impõe pausa nos telemóveis

Escola Tecnológica do Litoral Alentejano corta com distrações digitais dentro da sala de aula

A partir da próxima semana, os telemóveis vão deixar de ter lugar nas salas de aula da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, localizada no Complexo Petroquímico de Sines. A medida, que arranca logo após a pausa da Páscoa, faz parte de um projeto-piloto com o objetivo claro de reforçar as aprendizagens e combater a distração dos cerca de 250 alunos da escola.
Nova regra: telemóveis fora da sala, foco dentro dela

A Escola Tecnológica do Litoral Alentejano vai avançar com um projeto experimental que proíbe o uso de telemóveis nas aulas. Objetivo? Melhorar o foco e o rendimento dos seus 250 alunos.
Segundo o diretor da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, Eduardo Bandeira, a ideia foi maturada ao longo dos últimos anos, especialmente após a pandemia, período em que se notou um uso descontrolado dos telemóveis em contexto escolar. “Embora o regulamento interno já limitasse o uso dentro da sala de aula, a verdade é que a regra não era levada a sério”, admitiu.
Para preparar esta mudança, a direção da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano envolveu alunos e encarregados de educação através de inquéritos personalizados. Os resultados foram inequívocos: a maioria defendeu a interdição do uso de telemóveis nas aulas. Outras opções analisadas incluíam a proibição durante os intervalos ou mesmo uma interdição total em todo o recinto escolar.
No entanto, optou-se por uma abordagem faseada. Nesta primeira fase, os alunos - maioritariamente com idades entre os 15 e os 18 anos - terão de manter os telemóveis guardados nos cacifos ou mochilas. Caso levem o dispositivo para a sala, terão de o colocar, desligado e sem vibração, numa pequena caixa disponibilizada na sala.
“Queremos testar a reação dos alunos e professores antes de tomar uma decisão definitiva para o próximo ano letivo”, explicou o diretor.

Menos distrações, mais aprendizagem
Apesar da natureza experimental do projeto, Eduardo Bandeira acredita que a medida será bem recebida: “Os alunos estão conscientes de que os telemóveis atrapalham a aprendizagem”. 
A expectativa da Escola Tecnológica, em Sines, é que a atenção melhore, resultando num aumento do rendimento escolar, não só nas salas de aula, mas também nos laboratórios e oficinas.
Com esta aposta, a escola pretende redefinir hábitos e promover um ambiente mais focado e produtivo para todos.


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