Investimento de 4,2 milhões de euros para reforçar habitação acessível em Palmela

Autarquia aprova novos concursos para habitação acessível em Águas de Moura

A Câmara Municipal de Palmela aprovou, por unanimidade, a abertura de dois concursos públicos para a construção de habitação a custos controlados em Águas de Moura. O objetivo é reforçar a oferta de fogos acessíveis e dinamizar o mercado imobiliário local. Com um investimento total de 4.2 milhões de euros, o projeto prevê a construção de 28 novos fogos em terrenos municipais. Estas empreitadas integram-se na Estratégia Local de Habitação e contam com financiamento do Programa 1.º Direito e do Plano de Recuperação e Resiliência. 

Investimento para reforçar a oferta de habitação em Águas de Moura


Os novos concursos incluem a construção de um edifício multifamiliar com sete fogos na Rua Alberto Valente e de um conjunto de 21 fogos num terreno municipal situado entre as Ruas Heróis do Ultramar, Hermenegildo Capelo e 5 de Outubro.
Os concursos anteriores, deliberados em Dezembro de 2024, não tiveram candidaturas, levando agora o município a reformular a estratégia para garantir maior adesão por parte dos empreiteiros.
Esta iniciativa insere-se numa política local de habitação que visa "combater a carência habitacional, promover a reabilitação urbana e reforçar a coesão social e territorial", realça a autarquia em nota enviada à ADN-Agência de Notícias. 
Com estas medidas, Palmela procura captar financiamento comunitário para expandir o parque habitacional e tornar a habitação mais acessível para as famílias do concelho.

Aumento das demolições e falta de alternativas habitacionais

Projeto habitacional vai criar 28 novos fogos acessíveis

Enquanto se lançam novos concursos para habitação acessível, a organização Vida Justa denuncia um aumento significativo das demolições na Área Metropolitana de Lisboa, sem que sejam garantidas alternativas de alojamento para os moradores afetados.
Luísa Semedo, representante da organização, alerta para a gravidade da situação, apresentando dados concretos que comprovam um cenário preocupante. Segundo Luísa Semedo, "nós temos estado com pedidos de emergência recorrentes, de situações de pessoas em contextos diferentes, desde Lisboa à Margem Sul, que têm estado com essa precariedade e têm recorrido cada vez mais à autoconstrução da migração".
Sobre o perfil dos que mais pedem ajuda, a ativista destaca que "são pessoas que deixam de ter a condição de conseguir pagar uma renda. A partir do momento que o salário mínimo é o valor ou inferior a uma renda mensal, sem termos em conta a eletricidade e todas as despesas a cargo de uma pessoa, torna-se completamente, humanamente, impossível de suportar".

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