São os arquivos que contam a história da cidade e da região
O município do Barreiro está aberto a acolher mais arquivos, estando em curso negociações com mais três acervos, disse a vereadora Arlete Cruz, com a tutela do Património Cultural. “Estamos à espera de se juntarem a nós vários arquivos”, mencionou a vereadora eleita pelo PS, confirmando que há negociações em curso. “Temos em mente mais três arquivos para virem para aqui, mas, por razões de negociação, ainda não estamos a dizer quais são”, indicou, em declarações à Lusa, à margem de uma visita guiada para assinalar o Dia Internacional dos Arquivos.Barreiro é a cidade portuguesa com mais arquivos |
A data – que se assinala em 9 de Junho, dia em que aconteceram as eleições para o Parlamento Europeu, daí as comemorações terem sido adiadas – serviu para voltar a destacar o Barreiro como “A Cidade dos Arquivos”.
Arquivo da Fundação Amélia de Mello, Museu Industrial, Espaço Memória (arquivo municipal), Clube Chapas, Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra e Arquivo Ephemera foram as seis etapas da visita guiada, que a Lusa acompanhou.
Em todas elas, os técnicos resumiram o conteúdo dos arquivos, apontando os principais destaques, respondendo às perguntas das duas dezenas de participantes.
Arlete Cruz recordou que há oito anos que o Barreiro vem consolidando a aposta na preservação da memória, projeto que “nasceu da vontade de várias pessoas”, que, “lentamente”, foram ali sediando “vários arquivos”.
Hoje, nove entidades estão associadas ao projeto: além dos arquivos propriamente ditos, dois coletivos artísticos (Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios e SPA) e o Instituto Politécnico de Setúbal (com um polo no Barreiro).
“A Câmara [Municipal do Barreiro, atualmente gerida pelo PS] apoiou o projeto desde o início, porque, de facto, é uma mais-valia para a cidade”, reconheceu Arlete Cruz, assinalando a importância de haver “uma política pública” constante.
A autarquia tem apoiado o projeto quer financeiramente (por exemplo assegurando as rendas dos espaços), quer disponibilizando recursos humanos, nomeadamente técnicos especializados.
“Pensamos todos ‘ah, o arquivo é uma coisa morta onde os documentos estão ali, todos guardados’, mas não, de facto os arquivos são espaços vivos e são importantíssimos para a preservação da memória e da identidade coletiva”, contrapôs a vereadora.
Os arquivos estão abertos todo o ano
Arquivo da Fundação Amélia de Mello, Museu Industrial, Espaço Memória (arquivo municipal), Clube Chapas, Arquivo dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra e Arquivo Ephemera foram as seis etapas da visita guiada, que a Lusa acompanhou.
Em todas elas, os técnicos resumiram o conteúdo dos arquivos, apontando os principais destaques, respondendo às perguntas das duas dezenas de participantes.
Arlete Cruz recordou que há oito anos que o Barreiro vem consolidando a aposta na preservação da memória, projeto que “nasceu da vontade de várias pessoas”, que, “lentamente”, foram ali sediando “vários arquivos”.
Hoje, nove entidades estão associadas ao projeto: além dos arquivos propriamente ditos, dois coletivos artísticos (Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios e SPA) e o Instituto Politécnico de Setúbal (com um polo no Barreiro).
“A Câmara [Municipal do Barreiro, atualmente gerida pelo PS] apoiou o projeto desde o início, porque, de facto, é uma mais-valia para a cidade”, reconheceu Arlete Cruz, assinalando a importância de haver “uma política pública” constante.
A autarquia tem apoiado o projeto quer financeiramente (por exemplo assegurando as rendas dos espaços), quer disponibilizando recursos humanos, nomeadamente técnicos especializados.
“Pensamos todos ‘ah, o arquivo é uma coisa morta onde os documentos estão ali, todos guardados’, mas não, de facto os arquivos são espaços vivos e são importantíssimos para a preservação da memória e da identidade coletiva”, contrapôs a vereadora.
Os arquivos estão abertos todo o ano
As memórias e a história podem ser visitadas todos os dias |
Disso exemplo foi a presença da professora de História Helena Sardinha Pereira, acompanhada por dois estudantes, que reconheceu que “não é fácil” preparar os alunos para aprenderem a fazer pesquisa.
“Não vale a pena estar numa aula a falar de fake news [notícias falsificadas] ou de credibilidade das fontes se, de facto, não viermos ao sítio onde elas se encontram e eles perceberem que efetivamente vir aqui e contactar com a fonte não é a mesma coisa do que andar em blogues na Internet, blogues pessoais que muitas vezes não dizem nada ou não têm substância […]. Isto é substância, é a partir daqui que nasce a História”, disse à Lusa.
São os arquivos que contam a história do Barreiro, realçou a professora na Escola Secundária de Casquilhos, vencedora de uma menção honrosa pelo acesso à cultura no último Global Teacher Prize, que começou um projeto na sala de aula que já é concelhio, juntando todos os professores de História das escolas secundárias do Barreiro, as Jornadas Pedagógicas da História Local, que tiveram este ano a sua terceira edição, nas quais os alunos são convidados a pesquisar sobre a história, figuras e acontecimentos do município.
Aliar os arquivos ao conhecimento científico, fazendo ligação às universidades, é um dos objetivos do projeto. “Para um investigador é mais fácil vir ao Barreiro e ter os arquivos todos à mão”, exemplificou a vereadora Arlete Cruz.
“Os arquivos estão abertos todo o ano. Temos visitas guiadas, programadas e outras aleatórias, e há sempre esta ligação com o meio [local]”, sublinhou.
A visita guiada passou ainda pela exposição “Liberdade – a força que muda tudo”, patente na StartUp Barreiro até 30 de Junho.
As comemorações encerram às 17 horas, com a apresentação do livro “Papéis de um Capitão de Abril – O acervo de Rodrigo Sousa e Castro”, de Joaquim Matos, voluntário do Ephemera e que contará com a presença do próprio Rodrigo Sousa e Castro.
Agência de Notícias com Lusa
Fotografia: CM Barreiro
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