Encosta do Forte de São Filipe em preparação para obra em Setúbal

Salvaguardar e valorizar monumento nacional com soluções que garantam a segurança e estabilidade 

A Câmara de Setúbal está a proceder à preparação do terreno para a execução da segunda fase do projeto de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe, a qual representa um investimento de mais de quatro milhões de euros. A intervenção a realizar na segunda fase, com um prazo de execução de 480 dias, destina-se a "salvaguardar e valorizar aquele monumento nacional com soluções que garantam a segurança e estabilidade global do local, incluindo a colocação de microestacas e a realização de ancoragens definitivas", explica a autarquia sadina. 
Forte vai ter mais e melhor segurança 


Em alguns locais terá ainda de ser feita a injeção de caldas e argamassas de cimento no terreno, com o objetivo de "preencher vazios existentes e consolidar o solo, e, além da consolidação geral da encosta, será reforçada a estrutura do caneiro e o preenchimento de fendas na muralha do Forte de São Filipe", diz ainda o comunicado da autarquia. 
Após a instalação do estaleiro e a mobilização de mão de obra, materiais e equipamentos, a obra encontra-se na fase de desmatação, que se iniciou em 6 de Janeiro e deve decorrer durante duas semanas, e de aprovação de procedimentos de execução, os quais carecem do parecer de várias entidades, incluindo o projetista e o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Na primeira fase da obra de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe, executada em 2018, foram implementadas soluções para evitar o risco de derrocadas e um conjunto de medidas cautelares relacionadas com a ocupação ou potencial interferência com certas áreas marginais e destinadas à instalação de estaleiros, zonas de manobra, depósito de terras e exploração de pedreira.
Em face do estado do imóvel, da geologia do local, dos resultados obtidos ao longo dos anos nos dispositivos de instrumentação e observação instalados e dos condicionamentos existentes na zona de intervenção, foi determinada a necessidade de dar continuidade a soluções que estabilizem a encosta.
A nova empreitada está orçada em quatro milhões, 179 mil euros, com financiamento em 75 por cento pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e comparticipação em 25 por cento pela administração central, nos termos de um protocolo firmado entre o município, o Estado Português, a Empresa Nacional de Turismo e o LNEC.

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