Setúbal, Sesimbra e Palmela apresentam plano para alterações climáticas

Território mais seguro e mais resiliente aos impactes e riscos das alterações climáticas 

O projeto para a elaboração dos Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela foi apresentado num seminário em formato digital organizado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida. O encontro “A Arrábida face ao desafio climático” reuniu um conjunto de oradores que refletiu sobre os efeitos das alterações climáticas no território e apontou eventuais soluções tendo em conta os conhecimentos e as experiências vividas nas organizações onde trabalham. O presidente do Conselho de Administração da ENA, Sérgio Marcelino, sublinhou na sessão de abertura “a importância de criar, quando ainda é possível, soluções de adaptação às alterações climáticas e garantir a implementação no território”.
Municípios preparam-se para alterações climáticas 

A abertura do evento contou, igualmente, com a intervenção de Susana Escária, diretora dos Serviços de Prospetiva e Planeamento da Secretaria-Geral do Ambiente, entidade que opera o Programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono”, dos EEA Grants, que apoia atualmente 56 projetos em Portugal, incluindo os Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas para os concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra. 
Susana Escária destacou a importância deste programa, financiado em 85 por cento pelo mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu e 15 por cento pela Secretaria-Geral do Ambiente, que visa “dotar as autoridades locais de ferramentas e instrumentos essenciais para o combate e adaptação às alterações climáticas”.
O Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas – Arrábida, que está a ser desenvolvido pela ENA, pretende “contribuir para um território menos vulnerável, mais seguro e mais resiliente aos impactes e riscos das alterações climáticas, capaz de antecipar, responder e adaptar-se a um contexto climático em mudança”, referiu Cristina Daniel, diretora executiva da ENA.
O projeto, que materializa um investimento superior a 165 mil euros, financiado a 90 por cento pelo Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014-2021, vai resultar na criação de três planos locais que definem medidas de adaptação às alterações climáticas a curto, médio e longo prazo, criando ferramentas de apoio para a assistência à população e o ordenamento do território.
O documento estabelece, igualmente, o desenvolvimento de atividades de sensibilização e capacitação dos técnicos municipais, da comunidade local e dos atores com relevância estratégica para os respetivos fenómenos e para a necessidade de promover os processos de adaptação locais.
Os planos locais de Adaptação às Alterações Climáticas estão a ser desenvolvidos em parceria com as câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra, o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

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