‘Festival’ Queijo, Pão e Vinho arranca este fim-de-semana em São Gonçalo

Melhores produtos da região para adquirir na freguesia de Quinta do Anjo ou online

A localidade de São Gonçalo, em Cabanas, em Palmela, recebe este sábado e domingo e a 8 e 9 de Maio, entre as 10 e as 18 horas, o Mercado Queijo, Pão e Vinho, iniciativa da Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, com o apoio da Câmara de Palmela. Este evento é a "principal montra do que melhor se produz na região, como o queijo de Azeitão, o pão cozido em forno de lenha e vários vinhos, entre eles o Moscatel de Setúbal. Este ano, a iniciativa apresenta-se em formato mais reduzido na sua componente física. No entanto, acrescenta a componente digital. Assim, entre 10 de Abril e 9 de Maio, através da plataforma Wiink, com uma loja online e app para telemóvel, poderá fazer-se compras e recolhê-las no auditório do festival, neste período, todos os dias úteis.
Os melhores produtos da região sobre a mesa

O Mercado Queijo, Pão e Vinho, organizado pela Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, arranca já este sábado e domingo, em formato adaptado à conjuntura pandémica. São Gonçalo, em Cabanas, acolhe o certame que decorrerá sempre entre as 10 e as 18 horas e que prosseguirá a 8 e 9 de Maio próximo. Entre 10 de Abril e 9 de Maio, o mercado estará acessível via online, pela aplicação Wiink, permitindo efetuar compras.
“Além da componente física, o evento decorrerá, também em modo digital, entre 10 de Abril e 9 de Maio, através da plataforma Wiink, com uma loja online e app para telemóvel, que permitirá aos utilizadores fazerem compras e recolhê-las no auditório do festival, neste período, todos os dias úteis”, explica a Câmara de Palmela, entidade que apoia esta edição com logística e uma verba de quatro mil euros.
Ainda de acordo com a autarquia, o modelo delineado pela organização apresenta “um formato mais reduzido” do que o habitual, de forma a adequar-se às orientações das autoridades de saúde. O Mercado Queijo, Pão e Vinho é tido, pelo município, como “principal montra do que de melhor se produz na região”.
À parte do evento, a autarquia faz saber que juntamente com a Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida tem “em curso o projeto de apadrinhamento e valorização ‘Adopte uma Saloia’”, dinamizado para preservar as ovelhas produtoras de leite. Estes animais “estarão em exposição no recinto do Mercado Queijo, Pão e Vinho”, sublinha o município. 

Palmela e criadores querem ajuda para preservar a ovelha saloia
Durante o evento pode adotar uma ovelha saloia
De acordo com o município, a saloia foi durante muito tempo a ovelha leiteira predominante nos campos da região (concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal) e responsável pela produção de leite de qualidade que levou à certificação do queijo de Azeitão.
A autarquia liderada por Álvaro Amaro recorda, no entanto, que há alguns anos, face à crescente procura de leite para a produção do queijo de Azeitão, a saloia “começou a ser trocada por raças de outros países, com produções leiteiras superiores”.
Francisco Macheta, da Associação Regional de Criadores de Ovinos da Serra da Arrábida, acrescenta outras causas que terão contribuído para a substituição da saloia, como as “restrições ao pastoreio no Parque Natural da Arrábida” e a “pressão imobiliária na região, que também levou ao desaparecimento de algumas zonas de pastoreio daquela raça autóctone”.
“Há quatro ou cinco anos havia mais de 10 mil exemplares da saloia e hoje restam cerca de duas mil, a maioria no Alentejo, onde há mais espaço para estes projetos de agropecuária”, explica Francisco Macheta.
A saloia foi desaparecendo progressivamente dos rebanhos da região, o que levou as duas autarquias e a Associação Regional de Criadores de Ovinos da Serra da Arrábida a avançarem com um projeto de preservação de um pequeno rebanho, com cerca de 20 animais.
O rebanho já faz parte do espólio do denominado Museu do Ovelheiro, na Quinta do Anjo, que “permite aos visitantes o contacto com os animais e assistirem a demonstrações de tosquia e ordenha”.
Os promotores da iniciativa esperam agora que seja possível manter o rebanho de ovelhas saloias com a ajuda de empresas e cidadãos.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 

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