Autoeuropa está a ajudar hospitais de Setúbal e Barreiro

Fábrica de Palmela uniu-se para fazer viseiras e costureiras das marchas fazem botas e máscaras 

Os trabalhadores da fábrica automóvel voluntariaram-se para produzirem viseiras que serão entregues ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e ao Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. A Autoeuropa, fábrica automóvel de Palmela e a maior exportadora nacional, prepara-se para entregar viseiras a mais duas unidades hospitalares. Além disso, vai parar mais uma semana do que o previsto, retomando os trabalhos a 6 de Abril, caso as condições o permitam, avança o Público. Na ajuda ao hospital estão também as costureiras das marchas populares de Setúbal que, desde esta terça-feira, estão a fazer botas e máscaras para os serviços do Hospital de Setúbal, numa parceria inovadora destinada a enfrentar a falta de equipamento de proteção para os profissionais de saúde. Bons exemplos que unem toda uma região contra a pandemia do coronavirus. 
Autoeuropa e costureiras das marchas equipam hospital

A Autoeuropa é uma das melhores fábricas do grupo VW em matéria de impressão 3D. Graças a essa competência, e com a laboração suspensa e a fábrica vazia, há voluntários que continuam a ir para a empresa onde têm produzido viseiras.
Em Palmela, os trabalhadores da empresa voluntariaram-se para produzir viseiras, que vão ser entregues ao profissionais médicos do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e ao Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.
A primeira entrega, de cerca de 70 equipamentos está agenda para esta quarta-feira. A empresa já tinha feito algumas doações aos hospitais de Santa Maria e Curry Cabral, ambos em Lisboa.
A unidade onde trabalham quase seis mil pessoas está parada desde o dia 16, devido ao coronavírus e, segundo a comissão de trabalhadores, a suspensão vai afinal prolongar-se por mais uma semana. Assim, os trabalhadores só começarão a trabalhar por turnos a 6 de Abril, referiu ao Público a comissão de trabalhadores da empresa.
“Continuaremos por aqui a produzir estes equipamentos enquanto houver material”, assegura Fausto Dionísio,  membro da Comissão de Trabalhadores.

Costureiras das marchas fazem botas e máscaras para o hospital
Costureiras das marchas populares de Setúbal estão, desde esta terça-feira, a fazer botas e máscaras para os serviços do Hospital de Setúbal, numa parceria inovadora destinada a enfrentar a falta de equipamento de proteção para os profissionais de saúde.
Antónia Nascimento e Cecília Candeias, em colaboração com Carlos Nascimento, encontram-se já a trabalhar para produzir "botas e máscaras num tecido especial e adequado a ambiente hospitalar", diz a autarquia sadina.
Esta iniciativa original partiu de um grupo de costureiras habituadas a conceber os adereços e trajes para as marchas, com Bruno Frazão, responsável por um grupo de teatro local, a dar forma ao projeto, desafiando o município de Setúbal e o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros na produção de material de proteção para os profissionais do hospital.
Ao voluntariado desta equipa juntou-se o Centro Hospitalar de Setúbal, que, além de apadrinhar a ideia, forneceu o tecido especial antimicrobiano, o qual, após ser usado, permite a sua esterilização de forma a voltar a ser utilizado.
"A implementação desta ideia inovadora adequa-se às reais necessidades do trabalho do pessoal de saúde, uma vez que o tecido utilizado nas botas e máscaras está preparado para se lidar em segurança com a situação da covid-19", explica a Câmara de Setúbal.

Agência de Notícias 

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