Dragagens podem "afundar" turismo na região
O Pestana Hotel Group vem juntar-se às críticas das organizações ambientalistas que temem os efeitos da retirada de areias do estuário do Sado com o projeto de alargamento do canal de acesso ao Porto de Setúbal. A posição é manifestada em comunicado do grupo que põe em causa as prioridades do estudo de impacto ambiental avaliado, com parecer favorável, pela Agência Portuguesa do Ambiente.
As obras do Porto de Setúbal, iniciadas este mês, prevêem a retirada de mais de mais de seis milhões de metros cúbicos de areia do leito do estuário. A Agência Portuguesa do Ambiente, que deu parecer positivo ao estudo de impacto ambiental das dragagens, admitiu que estas vão “criar desequilíbrios na dinâmica natural do delta do estuário do Sado, gerando impactes negativos, diretos e indiretos”.
Ainda assim, justificou a decisão com os ganhos para a economia. “Considerou-se que o fator determinante nesta avaliação é a socioeconomia, e que a geologia e geomorfologia e a hidrodinâmica, a ecologia, os recursos marinhos, o património e e a paisagem são fatores relevantes”, referia a declaração de avaliação de impacto ambiental emitida pela agência.
Consultado no processo, também o Turismo de Portugal não manifestou oposição, considerando que os efeitos positivos da obra vão suplantar os negativos.
Mas o grupo Pestana discorda. E manifesta “profunda preocupação” com as “possíveis consequências ambientais sobre o estuário do Sado e a península de Tróia”.
“Não se percebe como um projeto com este impacto ambiental está a avançar, tendo em conta que, até à data, todos os projetos turísticos desenvolvidos na região foram submetidos a rigorosas restrições ambientais, em função da sua inserção ou proximidade com a Reserva Ecológica ou Rede Natura 2000”, afirma no comunicado José Roquette, responsável pelos projetos do grupo.
O responsável do Pestana junta ainda que a estes projetos “foram impostas, e aceites, grandes limitações no que respeita ao impacto nesta região tão sensível; isto apesar de, obviamente, não serem geradores de quaisquer fatores de poluição”.
Diz ser agora “incompreensível, e de enorme irresponsabilidade, que se ponha em risco todo o ecossistema do estuário do Sado e da península de Tróia”.
O Pestana Hotel Group emitiu um comunicado em que manifesta a sua “profunda preocupação” quanto às consequências ambientais que as obras de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao Porto de Setúbal, poderão ter sobre o Estuário do Sado e a Península de Tróia. Em comunicado, o Grupo aponta o dedo ao Estudo de Impacto Ambiental que sustenta este projecto e que, na sua opinião, “valoriza mais os aspectos económicos e o interesse industrial, relegando para segundo plano consequências como o depósito de sedimentos frente a zonas balneares onde se inserem diversos complexos turísticos, o desassoreamento das praias, a afetação das colónias de golfinhos e a destruição de fundos e reservas de pesca”.
Grupo hoteleiro preocupado com dragagens |
O Pestana Hotel Group vem juntar-se às críticas das organizações ambientalistas que temem os efeitos da retirada de areias do estuário do Sado com o projeto de alargamento do canal de acesso ao Porto de Setúbal. A posição é manifestada em comunicado do grupo que põe em causa as prioridades do estudo de impacto ambiental avaliado, com parecer favorável, pela Agência Portuguesa do Ambiente.
As obras do Porto de Setúbal, iniciadas este mês, prevêem a retirada de mais de mais de seis milhões de metros cúbicos de areia do leito do estuário. A Agência Portuguesa do Ambiente, que deu parecer positivo ao estudo de impacto ambiental das dragagens, admitiu que estas vão “criar desequilíbrios na dinâmica natural do delta do estuário do Sado, gerando impactes negativos, diretos e indiretos”.
Ainda assim, justificou a decisão com os ganhos para a economia. “Considerou-se que o fator determinante nesta avaliação é a socioeconomia, e que a geologia e geomorfologia e a hidrodinâmica, a ecologia, os recursos marinhos, o património e e a paisagem são fatores relevantes”, referia a declaração de avaliação de impacto ambiental emitida pela agência.
Consultado no processo, também o Turismo de Portugal não manifestou oposição, considerando que os efeitos positivos da obra vão suplantar os negativos.
Mas o grupo Pestana discorda. E manifesta “profunda preocupação” com as “possíveis consequências ambientais sobre o estuário do Sado e a península de Tróia”.
“Não se percebe como um projeto com este impacto ambiental está a avançar, tendo em conta que, até à data, todos os projetos turísticos desenvolvidos na região foram submetidos a rigorosas restrições ambientais, em função da sua inserção ou proximidade com a Reserva Ecológica ou Rede Natura 2000”, afirma no comunicado José Roquette, responsável pelos projetos do grupo.
O responsável do Pestana junta ainda que a estes projetos “foram impostas, e aceites, grandes limitações no que respeita ao impacto nesta região tão sensível; isto apesar de, obviamente, não serem geradores de quaisquer fatores de poluição”.
Diz ser agora “incompreensível, e de enorme irresponsabilidade, que se ponha em risco todo o ecossistema do estuário do Sado e da península de Tróia”.
Agência de Notícias com Lusa
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