Uma "pequena grande festa" onde a vila inteira voltou a acreditar e a sonhar. Este é o espírito do Natal na Vila
Foram oito dias em que o Pinhal Novo respirou Natal. O “Natal na Vila”, organizado pela Confraria da Sopa Caramela em conjunto com a Junta de Freguesia, voltou a erguer uma celebração onde a magia caminhou de mãos dadas com o espírito comunitário, reunindo cerca de 20 mil visitantes num abraço de luz, música, tradições e solidariedade.![]() |
| Famílias inteiras a celebrar o espírito natalício no último dia |
Entre 28 de Novembro e 1 de Dezembro e novamente entre 5 e 8 de Dezembro, o largo José Maria dos Santos transformou-se em cenário de conto. As manhãs acolhiam cheiros doces, as tardes enchiam-se de espanto e as noites brilhavam como se alguém tivesse acendido estrelas só para ali. Nada parecia comum, tudo parecia feito para sentir: sentir a vila, sentir o Natal, sentir o outro.
E ali, entre bancas, risos e passos apressados, havia algo que tornava este evento diferente. Tudo era gratuito, exceto no espaço gastronómico e nas bancas das associações e da comunidade escolar - onde cada euro revertia para apoiar quem tanto trabalha pela freguesia. Brinquedos, oficinas, experiências… tudo entregue de coração aberto.
Nos ateliês, crianças e adultos mergulhavam em tintas e brilhos; nas ruas ecoavam canções que aqueciam almas; o teatro emocionava, a dança fazia rodopiar sorrisos. O presépio vivo devolvia à igreja um silêncio cheio de significado e os jogos tradicionais faziam pais e filhos viajarem para memórias que julgavam adormecidas.
A banda e o coro da SFUA deram - também na igreja - um recital fantástico de como na vila se produz com tanto talento.
Primeiro fim-de-semana: um oceano de gente e tradições à mesa
O arranque do evento foi marcado por uma verdadeira enchente. Famílias inteiras reencontraram-se, vizinhos trocaram abraços, visitantes chegaram curiosos e partiram com o coração mais cheio. A gastronomia ganhou destaque especial, celebrando segredos culinários passados entre gerações de receitas que são, em si mesmas, património cultural do Pinhal Novo.
A Casa do Pai Natal foi novamente um farol de encantamento: mais de seis mil crianças entraram pelas suas portas, vindas de várias regiões do país, recebendo experiências que fazem acreditar que a magia existe e vive ali.
O Estendal Solidário e a Fábrica dos Brinquedos reforçaram o lado mais humano da festa, lembrando que o Natal também é cuidar.
Tudo isto só foi possível graças a uma equipa de animação e a muitos voluntários que mantiveram vivo, seguro e acolhedor cada recanto do evento.
Um dos momentos mais simbólicos desta edição foi o lançamento oficial do Hino do Natal na Vila, criado para eternizar esta tradição e fortalecer a ligação emocional da comunidade à celebração.
O balanço final? Um sucesso que confirma o “Natal na Vila” como um dos maiores e mais marcantes eventos do Pinhal Novo - uma festa que junta gerações, reforça laços e celebra aquilo que mais importa.
A entrega da organização vive-se nos bastidores, nos dias longos, nos detalhes que ninguém vê mas toda a gente sente. Carlos Saraiva conhece cada centímetro deste evento. Vive-o, molda-o, respira-o.
“Chegámos ao fim das montagens exaustos. Mas ao ver este mar de gente… é como se nos enchêssemos novamente. Dá forças para estes dias”, confessou, sublinhando que nada ali é feito ao acaso.
Ana Teresa Vicente, presidente do município de Palmela, caminhou pelo recinto com emoção sincera. Conhecia bem o evento, mas vivê-lo como autarca deu-lhe outro significado.
“É uma ideia muito bonita, muito interessante, e parece-me que este ano conseguiu crescer de facto”, afirmou.
Para si, o Natal na Vila é muito mais do que entretenimento. É comunidade, é união, é cuidado:
“É a nossa maneira de partilharmos um bocadinho de Natal com todos”.
E acrescentou: “Há uma grande entrega nesta festa… enche os corações de alegria, mas também chega com dádivas muito importantes. As pessoas precisam delas, e o Pinhal Novo dá aqui um grande exemplo do que é o verdadeiro Natal”.
E, ano após ano, há símbolos que se tornam eternos: o comboio sempre cheio rumo à terra do Pai Natal, a fogueira que aquece conversas longas, os duendes que espalham gargalhadas e o cacau quente oferecido no final de cada noite, aquele gesto pequeno que deixa o coração gigante.
“É mágico”, dizia uma menina enquanto balançava. “Aqui só há amor no ar”, sussurrava outra, abraçada ao seu cacau quente e a dançar com um "diabrete" saído diretamente da casa do Pai Natal.
“É mágico”, dizia uma menina enquanto balançava. “Aqui só há amor no ar”, sussurrava outra, abraçada ao seu cacau quente e a dançar com um "diabrete" saído diretamente da casa do Pai Natal.
Não houve pista de gelo, mas houve um reino do gelo feito por crianças, uma casa da música, histórias de encantar e encontros que ficaram guardados como presentes. E claro, a árvore de Natal, Natural, gigante e imponente ali no meio do largo.
Primeiro fim-de-semana: um oceano de gente e tradições à mesa
O arranque do evento foi marcado por uma verdadeira enchente. Famílias inteiras reencontraram-se, vizinhos trocaram abraços, visitantes chegaram curiosos e partiram com o coração mais cheio. A gastronomia ganhou destaque especial, celebrando segredos culinários passados entre gerações de receitas que são, em si mesmas, património cultural do Pinhal Novo.
A Casa do Pai Natal foi novamente um farol de encantamento: mais de seis mil crianças entraram pelas suas portas, vindas de várias regiões do país, recebendo experiências que fazem acreditar que a magia existe e vive ali.
O Estendal Solidário e a Fábrica dos Brinquedos reforçaram o lado mais humano da festa, lembrando que o Natal também é cuidar.
Tudo isto só foi possível graças a uma equipa de animação e a muitos voluntários que mantiveram vivo, seguro e acolhedor cada recanto do evento.
Um dos momentos mais simbólicos desta edição foi o lançamento oficial do Hino do Natal na Vila, criado para eternizar esta tradição e fortalecer a ligação emocional da comunidade à celebração.
O balanço final? Um sucesso que confirma o “Natal na Vila” como um dos maiores e mais marcantes eventos do Pinhal Novo - uma festa que junta gerações, reforça laços e celebra aquilo que mais importa.
“Vimos uma moldura humana enorme… e percebemos que valeu tudo”
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| O comboio do Natal na Vila em viajem para a Lapónia |
“Chegámos ao fim das montagens exaustos. Mas ao ver este mar de gente… é como se nos enchêssemos novamente. Dá forças para estes dias”, confessou, sublinhando que nada ali é feito ao acaso.
Ana Teresa Vicente, presidente do município de Palmela, caminhou pelo recinto com emoção sincera. Conhecia bem o evento, mas vivê-lo como autarca deu-lhe outro significado.
“É uma ideia muito bonita, muito interessante, e parece-me que este ano conseguiu crescer de facto”, afirmou.
Para si, o Natal na Vila é muito mais do que entretenimento. É comunidade, é união, é cuidado:
“É a nossa maneira de partilharmos um bocadinho de Natal com todos”.
E acrescentou: “Há uma grande entrega nesta festa… enche os corações de alegria, mas também chega com dádivas muito importantes. As pessoas precisam delas, e o Pinhal Novo dá aqui um grande exemplo do que é o verdadeiro Natal”.
“Tudo isto nasce da comunidade e é feito com alma”
João Estróia, recém-eleito presidente da Junta de Freguesia do Pinhal Novo, viveu esta edição com orgulho renovado. Apenas um mês depois de assumir funções, encontrou no evento um espelho do que deseja para a freguesia.
“Vi tudo isto com um olhar feliz, porque vejo esta iniciativa crescer”, partilhou. Recordou que, apesar de ter apenas três edições, o Natal na Vila já arrecadou o prémio Autarquia do Ano na área de apoio social - prova de que este evento tem alma.
O lado solidário é para si essencial:
“É a prova de que também temos um condão social muito forte neste Natal da Vila”.
E terminou com a certeza de que a magia nasce das pessoas:
“São todas as associações locais, todas as pessoas, a juntarem-se para fazer crescer esta iniciativa… Os pinhalnovenses aderem porque sabem que as coisas são feitas com carinho, feitas a pensar em comunidade”.
João Estróia, recém-eleito presidente da Junta de Freguesia do Pinhal Novo, viveu esta edição com orgulho renovado. Apenas um mês depois de assumir funções, encontrou no evento um espelho do que deseja para a freguesia.
“Vi tudo isto com um olhar feliz, porque vejo esta iniciativa crescer”, partilhou. Recordou que, apesar de ter apenas três edições, o Natal na Vila já arrecadou o prémio Autarquia do Ano na área de apoio social - prova de que este evento tem alma.
O lado solidário é para si essencial:
“É a prova de que também temos um condão social muito forte neste Natal da Vila”.
E terminou com a certeza de que a magia nasce das pessoas:
“São todas as associações locais, todas as pessoas, a juntarem-se para fazer crescer esta iniciativa… Os pinhalnovenses aderem porque sabem que as coisas são feitas com carinho, feitas a pensar em comunidade”.
Paulo Jorge Oliveira
Fotografia: ADN-Agência de Notícias


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