Estudo de Impacto Ambiental viabiliza terminal no Barreiro

Terminal vai criar a “grande cidade-região de duas margens”

O Estudo de Impacto Ambiental viabiliza a construção de um terminal de contentores no Barreiro, revela o presidente da autarquia. Carlos Humberto explica que nas conclusões do estudo não são referidos os obstáculos ambientais que estavam a pôr em causa a obra. “Do ponto de vista ambiental não nos parece que haja problemas de contaminados que ponham em causa, como se afirmava, a construção do terminal multimodal do Barreiro. O estudo foi entregue, está a ser avaliado pelos parceiros: a administração do Porto de Lisboa, Câmara do Barreiro, Câmara do Seixal, Infraestruturas de Portugal”, adianta o autarca. A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, já afirmou que “ainda este ano” será tomada uma decisão sobre o terminal multimodal do Barreiro, caso o Estudo de Impacte Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente seja favorável.
Estudos viabilizam construção de terminal de contentores na cidade  

Carlos Humberto espera, agora, que o processo se desenrole o mais rapidamente possível e que o Governo anuncie uma decisão até ao final do ano.
“Tal como a ministra do Mar informou que gostaria de tomar uma decisão até ao fim do ano, nós estamos a trabalhar para tentar que isso seja possível”, afirma o presidente da Câmara do Barreiro.
Os vários parceiros do projeto vão agora apresentar os seus contributos. Uma nova versão do estudo final terá que ser aprovada pela administração do Porto de Lisboa. Logo de seguida será enviada para a Agência Portuguesa do Ambiente e depois de aprovado vai para discussão pública.
Questionada sobre o assunto, a ministra do Mar afirmou, na apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária, que “o Barreiro não é uma dúvida, o Barreiro neste momento está a seguir os trâmites normais de todos estes projetos”.
“A Agência Portuguesa do Ambiente, que está a fazer aquilo que é a sua competência por lei, fazer a avaliação, recentemente colocou questões técnicas, [às quais] a Administração do Porto de Lisboa, juntamente com as Câmaras, irão responder”, acrescentou, em declarações aos jornalistas.
Ana Paula Vitorino salientou então que “se tudo correr bem, haverá uma decisão [da APA] até Junho/Julho, ou seja, meados deste ano”, sendo que as obras estão programadas para 2019.
“Se a decisão for favorável, como esperamos, a decisão de investimento será tomada. Não é imediatamente porque é necessário ler os estudos e as decisões técnicas, mas será ainda tomada este ano, o que quer dizer que este ano ainda se poderá lançar o concurso”, sublinhou a ministra.
A governante disse ainda que aquele porto irá avançar “não na forma como estava previsto, mas com um terminal de menores dimensões, com menos dragagens, ou seja, não é um terminal de águas profundas, mas sim um terminal semelhante aquilo que existe hoje aqui em Alcântara”.
A primeira fase deste projecto representa um investimento privado de 400 milhões de euros para uma área de 41 hectares, e um cais de 800 metros. A plataforma multimodal inclui o terminal de contentores com capacidade para 2,7 milhões de teus (medida standard utilizada para calcular o volume de um contentor) por ano.

Suporte ao aumento da actividade económica da região 
“O papel da actividade portuária é extremamente importante para o País, para a região e para os concelhos” esta é a opinião de Carlos Humberto. Recordou a tomada de posição da Câmara do Barreiro e das autarquias de Lisboa e Setúbal que se disponibilizaram junto do Governo “para darem os seus contributos para a criação de uma grande Plataforma Portuária Multimodal da Região e do País”.
Justificando a localização do Terminal de Contentores no Barreiro, o presidente referiu-se que “pode dar suporte ao aumento da actividade económica e da criação de riqueza e que ajude ao desenvolvimento da região e do concelho do Barreiro”.
Paralelamente pretende-se que este terminal seja também um contributo importante para a criação de uma “grande Cidade-Região de duas margens que precisa de se equilibrar do ponto de vista funcional, tecnológico, territorial e social”. Neste sentido, o terminal “pode dar contributos para a criação desta Região, que é muito importante para o País”.
Carlos Humberto realça que o Barreiro “está disponível para assumir esta responsabilidade, para batalhar, intervir, propor e construir as soluções que potenciem as mais valias que um projecto deste tem, mas também para reduzir ao mínimo os aspectos menos positivos”.

Agência de Notícias
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