Os utentes esperam uma mudança de políticas
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Utentes reclamam melhores condições no hospital do Barreiro |
O protesto do dia 28 de Outubro foi organizado pelas Comissões de Utentes de Saúde do Arco Ribeirinho, que englobam os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, numa iniciativa que contou com diversos autarcas, deputados e dirigentes sindicais.
"O hospital tem perdido qualidade. Saíram médicos de várias especialidades e algumas deixaram mesmo existir. Continuamos a perder valências, este ano já encerrou a obstetrícia, pois não tinham equipas suficientes e também a urgência dá sinais de rotura", salientou Antonieta Fortunato.
Segundo a representante, faltam 55 médicos, 40 operacionais, 65 enfermeiros e 11 técnicos de diagnóstico terapêutico.
O novo Conselho de Administração do Hospital do Barreiro já foi aprovado em Conselho de Ministros, mas ainda não entrou em funções.
"Os conselhos de administração são nomeados pelos Governos e se este conselho vier com as mesmas políticas não podemos esperar muito. Esperamos que este novo conselho venha atender as nossas reivindicações e vamos continuar a lutar", defendeu Antonieta Fortunato.
Fernanda Ventura, da Associação de Mulheres com Patologia Mamária, disse que existem nos quatro concelhos cerca de 76 mil pessoas sem médicos de família.
"Este dado representa muita pressão para o centro hospitalar, mas não pode ser desculpa para todas as questões. Temos perdido valências, pessoal e condições nos últimos anos, com tempos de espera extensos para cirurgias, consultas e na urgência", afirmou.
Regina Janeiro, vereadora da Câmara do Barreiro, defendeu que, sem médicos de família, as urgências "entopem".
"Este centro hospitalar serve mais de 221 mil pessoas. O conselho de administração mudou, mas o que é preciso mudar são as políticas", concluiu a autarca do Barreiro.
Agência de Notícias com Lusa
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