Seita que abusava de crianças em Palmela em julgamento

Seita religiosa que abusava de crianças enfrenta justiça

Começa esta terça-feira, no Tribunal de Setúbal, o julgamento dos oito arguidos, entre os quais está o líder da falsa seita religiosa "Verdade Celestial". O líder da falsa seita religiosa abusaria das crianças convencendo-as de que eram "atos purificadores". O principal arguido, que se fazia passar por psicólogo e que se intitulava como mestre da alegada seita religiosa, responde por dezenas de crimes de violação, lenocínio, pornografia de menores, entre outros. Alguns deles terão sido cometidos contra o próprio filho. Além dele, preso desde Junho do ano passado, há mais sete arguidos que respondem por diversos crimes, que se passou numa quinta nos Brejos do Assa, em Palmela. 
Falso psicólogo era líder de uma seita que abusava de crianças 

O homem fazia-se passar por psicólogo e intitulava-se como mestre da alegada seita religiosa. Responde por dezenas de crimes de violação, lenocínio, pornografia de menores, alguns dos quais, cometidos contra o próprio filho.
Revelavam um total desrespeito pelas crianças" frequentadoras da quinta, refere a acusação, contando que os menores iam à quinta onde a seita estava instalada para terem explicações ou participarem em atividades organizadas. Aí, o principal arguido, convencia-as de que as sevícias sexuais de que eram vítimas correspondiam a "atos purificadores".
De acordo com a acusação, o líder do grupo também é suspeito de ter cobrado dinheiro a outros pedófilos para abusarem de crianças que frequentavam a quinta dos Brejos do Assa, no concelho de Palmela.
Apesar de os crimes ocorrerem numa zona rodeada por outras habitações, os residentes da área nunca se terão apercebido do que realmente se passava na quinta, uma vez que as vedações altas ajudavam a esconder o interior.
O caso só chegou ao conhecimento da Polícia Judiciária de Setúbal devido à denúncia de uma pessoa que terá sido maltratada pelo líder da alegada seita religiosa quando mostrou que queria abandonar o local.
Poucos dias depois, a PJ efetuou uma operação policial que culminou com a detenção de oito pessoas - cinco homens e três mulheres -, quatro das quais aguardam julgamento em prisão preventiva.
Foram apreendidos computadores, colchões, vídeos e fotografias, que constituem elementos de prova dos crimes praticados.
A investigação da PJ terá permitido concluir que a "Verdade Celestial" não era mais do que um instrumento na estratégia de manipulação de crianças e adultos pelo principal arguido no processo.
A primeira sessão do julgamento está marcada para as 13h30 desta terça-feira, no Tribunal de Setúbal.

Agência de Notícias com Lusa

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