Greve dos Sapadores de Setúbal não teve êxito

Câmara de Setúbal contornou greve de cinco meses nos bombeiros 

O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais  admitiu na última sexta-feira que a greve ao trabalho extraordinário nos Bombeiros Sapadores de Setúbal, que terminou no último dia de 2014, não teve o êxito esperado devido aos novos horários de trabalho na companhia. Os Bombeiros Sapadores de Setúbal fizeram uma greve de cinco meses ao trabalho extraordinário, de Agosto até ao final de Dezembro de 2014, para reivindicarem novos horários, mas a pretensão não foi acolhida pela autarquia setubalense, que conseguiu garantir o funcionamento normal da companhia de bombeiros Sapadores sem necessidade de horas extraordinárias. O sindicato garante que pretendia  um horário semelhante ao que foi conseguido pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa, em que trabalham 12 horas e descansam 24 além de integrarem sempre a mesma equipa, ao contrário do que acontece em Setúbal. A companhia profissional de Bombeiros não exclui novas formas de luta.  
Greve de cinco meses quase não foi sentida na cidade de Setúbal  

O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) admitiu que a greve ao trabalho extraordinário nos Bombeiros Sapadores de Setúbal, que terminou a 31 de Dezembro , não teve o êxito esperado devido aos novos horários de trabalho na companhia.
Os Bombeiros Sapadores de Setúbal fizeram uma greve de cinco meses ao trabalho extraordinário, de Agosto até ao final de Dezembro de 2014, para reivindicarem novos horários, mas a pretensão não foi acolhida pela autarquia setubalense, que contornou a greve e conseguiu garantir o funcionamento normal da companhia de bombeiros Sapadores sem necessidade de horas extraordinárias.
"A autarquia tem razão naquilo que diz: mantém as 35 horas semanais, que é aquilo que está na lei e no acordo colectivo de empresa. Não estamos contra, mas este modelo comporta algumas indefinições", disse à Lusa Filipe Santos, representante do SNBP em Setúbal.
O delegado sindical do SNBP esclareceu que os sapadores de Setúbal lutam por um horário semelhante ao que foi conseguido pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa, em que trabalham 12 horas e descansam 24, trabalham mais 12 e descansam 48 horas, além de integrarem sempre a mesma equipa, ao contrário do que acontece em Setúbal.
Segundo Filipe Santos, o acordo estabelecido entre a Câmara Municipal de Lisboa e os Bombeiros Sapadores da capital do país, obriga a que os bombeiros façam algum trabalho extraordinário, salientando, no entanto, que não é essa a preocupação dos bombeiros Sapadores de Setúbal, mas sim a rotatividade que aquele modelo permite.
"O executivo da Câmara de Setúbal, por alegadas dificuldades financeiras, não quer fazer o pagamento de trabalho extraordinário e nós também não estamos contra o facto de fazermos as 35 horas. Estamos é contra o facto de não mantermos aquela rotatividade (12 horas de trabalho, 24 de descanso, 12 de trabalho e 48 horas de descanso)", disse.
Filipe Santos afirmou ainda que não exclui a possibilidade de virem a adoptar novas formas de luta, mas que essa possibilidade ainda não foi equacionada pelos bombeiros.
A agência Lusa contactou a Câmara de Setúbal, mas o executivo municipal, de maioria CDU, escusou-se a fazer qualquer comentário sobre o fim da greve dos Bombeiros Sapadores de Setúbal ao trabalho extraordinário.
A autarquia de Setúbal assegurou, no entanto, que a "operacionalidade e a prestação de socorro à população tem decorrido com toda a normalidade, mesmo durante o período de greve dos bombeiros sapadores ao trabalho extraordinário".

Agência de Notícias


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