Barreiro discutiu uso dos dinheiros da Europa

Novo período de programação europeia vai apoiar comunidade e empresas 

O novo período de programação europeia “não é um ciclo de investimento das autarquias, é um ciclo de investimento dos municípios”, defendeu Sérgio Barroso, do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, na Sessão de Informação e Esclarecimento “Portugal 2020”, realizada na segunda-feira, no Mercado Municipal 1º de Maio, no Barreiro, avançou o gabinete de imprensa daquela autarquia. 



Utilização de dinheiro da Europa discutido no Barreiro 

Sérgio Barroso disse, num encontro no Barreiro, que "as oportunidades no próximo quadro estarão disponíveis mais para os atores/agentes locais [comunidade e empresas] e menos para as autarquias".
Além de Sérgio Barroso, marcaram presença na sessão, Vítor Escária, do CIRIUS – Centro de Investigações Regionais e Urbanas / ISEG, Universidade de Lisboa, e Augusto Mateus & Associados, o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, e, como moderadora, a adjunta do presidente e responsável pelo Gabinete Municipal de Desenvolvimento Económico e Estratégico da autarquia do Barreiro, Márcia Calafate.
Todos os presentes foram unânimes em reconhecer a complexidade do processo e algumas indefinições, ainda, existentes no que se prende com o novo período de programação europeia.
Conforme afirmou Márcia Calafate no lançamento da sessão, "esta é uma sessão útil para nos prepararmos para o que aí vem”.
Na sua apresentação, “As Oportunidades para as Empresas no PORL 2014-20”, Vítor Escária apontou cinco “+1” domínios temáticos prioritários: “turismo e hospitalidade; mobilidade e transportes; meios criativos e indústrias culturais; investigação, tecnologias e serviços de saúde; prospeção e valorização de recursos marinhos” e “+1” que é, na sua opinião,  “serviços avançados às empresas”.
Sérgio Barroso considera este novo ciclo como sendo “desafiante face ao passado”. Por agora, diz o responsável do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, ainda "pouco se sabe" das linhas mestras do programa europeu.  “As coisas vão-se construindo”, diz o responsável.
O Associado-Diretor do CEDRU, que apresentou “Inclusão Social e Emprego Desenvolvimento Local de Base Comunitária”, informou, ainda, que estratégia europeia é comum a todos os países da Europa. As metas de “Portugal 2020”, afirmou, "passam por melhor e mais educação, aumentar o emprego, e combater a pobreza e desigualdades sociais".
Sérgio Barroso reforçou, ainda, que o “papel” da Câmara do Barreiro nesta matéria será de “catalisador”, para "ajudar a compreender, dinamizar o debate, mobilizar as pessoas para este novo quadro".

“Descobrir a gaveta que lhe é mais favorável”
Carlos Humberto reforçou a necessidade do trabalho conjunto entre as várias entidades. Perante a complexidade das matérias, o chefe do executivo do Barreiro defendeu "ser necessário “não desistir, tendo em conta, até, o aumento de verbas disponíveis para a Península de Setúbal no Mapa de Auxílios Estatais decorrente de, nesta área o PIB per capita ser inferior à média nacional".
Para Carlos Humberto, será, nesta altura, necessário “descobrir a gaveta que lhe é mais favorável [para obter apoio]”.
Na sessão, o presidente informou, ainda, que há a intenção de apresentar um plano de ação para o Concelho do Barreiro, levando em linha de conta os pressupostos do novo período de programação.
Este evento inseriu-se na iniciativa “Barreiro em Desenvolvimento – Roteiro”, que decorreu durante o mês de Junho.

Agência de Notícias

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