Presidente de Santiago ouvido por Ministro da Saúde

“Esperemos que o senhor Ministro cumpra com aquilo que nos transmitiu”

Álvaro Beijinha, Presidente da Câmara do Santiago do Cacém, integrou uma comitiva da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral que esteve reunida em Lisboa, no dia 20 de Fevereiro, com o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, e com os Secretários de Estado Fernando Leal da Costa e Manuel Ferreira Teixeira. Em cima da mesa, entre outros assuntos, esteve o agravamento dos problemas na prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares na Região. A par disso o autarca garantiu a continuidade dos médicos cubanos nas unidades de saúde de Santiago do Cacém. 

Ministro da Saúde recebeu autarca de Santiago do Cacém 

Os autarcas locais levaram aos governantes um “conjunto de preocupações que se prendem com os cuidados de saúde primários e hospitalares, em particular no Hospital”, refere Álvaro Beijinha. A falta de médicos, um dos principais problemas com que a Região – e o Hospital em particular - se debate, tem na“abertura de concursos externos, ou seja, para médicos que ainda não têm vínculos à função pública” uma possível solução. “O senhor Ministro reconheceu que há um conjunto de situações que têm de ser melhoradas”, diz Álvaro Beijinha. 
A necessidade de se efetuarem obras no Hospital foi outra das temáticas em cima da mesa, num “espaço subdimensionado para as reais necessidades”. Álvaro Beijinha e os autarcas de Alcácer do Sal e Odemira ouviram da parte dos governantes a intenção de proceder a essa remodelação, ainda que “a intervenção esteja condicionada à existência de fundos comunitários devido ao peso financeiro significativo da obra”, disse o chefe do executivo da autarquia de Santiago do Cacém.

Problemas de especialidade no Hospital do Litoral Alentejano 
Os autarcas do Litoral Alentejano tiveram também oportunidade de referir a falta de outros profissionais de saúde, como enfermeiros, técnicos de outras áreas e até auxiliares. “Fizemos sentir ao senhor Ministro a falta de algumas especialidades no Hospital. No Alentejo Litoral, por exemplo, não temos um psiquiatra, numa Região do país onde há das maiores taxas de suicídio. Isso é completamente contraproducente. Também na neurologia seria importante ter um profissional dessa área”, conclui Álvaro Beijinha.
Os problemas relacionados com a rede de transportes também foram discutidos, com especial ênfase na “falta de condições de mobilidade por parte das pessoas para chegar ao Hospital”. Mas a questão não fica por aqui: “as pessoas depois de serem atendidas não têm como regressar”.
Álvaro Beijinha está esperançado numa resolução positiva para estas e outras temáticas abordadas e os autarcas do Litoral Alentejano vão agora aguardar os desenvolvimentos da parte da tutela: “Esperemos que o senhor Ministro cumpra com aquilo que nos transmitiu”.

Cuba garante continuação de médicos em Santiago do Cacém
A continuidade dos médicos cubanos nas unidades de saúde de Santiago do Cacém foram garantidas pela Embaixadora de Cuba em Portugal, Johana de la Torre.
Álvaro Beijinha diz em comunicado que “a permanência dos médicos cubanos no Concelho está garantida pelo menos mais um ano”, havendo boas perspetivas futuras: “da parte do Estado Cubano há uma abertura total para a continuidade desta parceria com o Estado Português e se for necessário até reforçá-la”.
O Presidente da Câmara de Santiago do Cacém recordou que “no nosso Concelho cerca de um quarto da população não tem médico de família, se não tivéssemos estes profissionais de saúde cubanos a situação seria mais gritante”.
Para além das questões relacionadas com a saúde foram também abordadas outras temáticas, com destaque para a área cultural, onde ficou patente a vontade de encontrar parcerias. “A senhora embaixadora manifestou total disponibilidade neste sentido”, remata Álvaro Beijinha.

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