Rouba mais de cem mil euros de bingos em Setúbal e Lisboa
A PSP de Lisboa anunciou ontem à tarde a detenção do alegado líder de um
grupo criminoso suspeito de furtar mais de 100 mil euros dos bingos do
Belenenses e do Vitória de Setúbal. O homem terá ainda tentado, sem sucesso, o
assalto ao bingo do Benfica e é suspeito de roubo ao bingo da Académica, em
Coimbra.
Homem terá roubado 46 mil euros do bingo do Vitória de Setúbal |
Fonte policial adiantou à agência Lusa que o homem, de 32 anos e de
nacionalidade romena, seria o cabecilha do gangue que terá furtado 57 mil euros
do bingo do Belenenses - onde provocou danos superiores a 12 mil euros - e 46
mil euros de um cofre do bingo do Vitória de Setúbal, no Estádio do Bonfim,
além de ser suspeito da tentativa de furto ao bingo do Benfica, ao Panda Bingo
(Lisboa) e ao da Amora (concelho do Seixal).
De acordo com a fonte, "há ainda fortes indícios" de que o detido
seja também responsável pelos furtos levados a cabo nos bingos da Académica de
Coimbra e da Nazaré. O homem é ainda suspeito de ter furtado um supermercado e
uma ourivesaria, ambos em Lisboa. Ao todo, o homem é suspeito de nove crimes de
furto qualificado, todos praticados em 2012.
Homem preparava-se para fugir do país
O alegado líder foi detido por agentes da Divisão de Investigação Criminal
da PSP de Lisboa, no final da tarde de quarta-feira, nas imediações do Aeroporto
Internacional de Lisboa. As autoridades acreditam que o suspeito se preparava
para abandonar o país.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) afirma que as
investigações vão continuar, para deter os restantes elementos do alegado grupo.
Contudo, a fonte policial acrescentou que vai "ser difícil", uma vez
que os suspeitos andam "munidos de documentação falsa" e viajam com
regularidade para países como Espanha, Roménia ou Itália.
Na mesma nota, o Cometlis explica que o modo de atuação do suposto grupo
criminoso assentava primeiro no reconhecimento do local, frequentando para isso
as salas de jogo e os estabelecimentos que seriam possíveis "alvos".
Em alguns dos furtos os elementos recorreram à realização de buracos nas
paredes ou nos telhados, recorrendo a cordas e outro material.
"Tratava-se de um grupo altamente organizado, em que o ora detido era
o líder, tendo a responsabilidade de definir os estabelecimentos alvo de furto,
de adquirir as ferramentas necessárias para a consumação do ilícito e ainda
alugar a viatura que serviria de apoio. Os restantes elementos limitavam-se a
cumprir as tarefas que lhes eram determinadas, nomeadamente, a execução dos
ilícitos", explica o Cometlis.
O homem vai ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de
Instrução Criminal de Lisboa para aplicação de eventuais medidas de coação.
Agência de Notícias
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