Bloco de Esquerda critica contentores na Trafaria

Terminal de contentores traria "consequências graves"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e a deputada eleita pelo distrito de Setúbal, Mariana Aiveca, estiveram no passado Domingo na Trafaria (no concelho de Almada), a participar numa ação pública do Bloco de Almada de protesto contra a transferência dos terminais de contentores para a margem sul do Tejo. Na ação, onde estiveram cerca de meia centena de pessoas, foi pintado um mural contra a transferência de contentores na Trafaria. O BE deverá aproveitar a ida do Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, à comissão parlamentar de Economia, no final do mês, para o questionar sobre este tema.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins considera que a intenção do Governo de colocar um terminal de contentores na Trafaria, em Almada, representa "um ataque, tanto contra o ambiente, como contra a economia”. Segundo a dirigente bloquista, que falava numa ação de rua na Trafaria contra esta decisão governamental, a criação de um terminal de contentores naquela freguesia do concelho de Almada teria "consequências graves", tanto em termos de custos ambientais, com "danos que perdurariam gerações", como significaria uma política de portos errada que "vai afundar a economia", por ser menos competitiva.
Numa intervenção anterior, também a bloquista Mariana Aiveca tinha afirmado que a concretização desta intenção iria "emparedar a margem sul com dois mil metros de contentores".
As dirigentes bloquistas participaram numa ação no passeio ribeirinho da Trafaria, em que vários militantes do BE pintaram um mural com a inscrição "defender a Trafaria, contentores não".
A reestruturação do porto de Lisboa inclui, entre outras medidas, a criação de um terminal de contentores na Trafaria, um projecto orçado em 600 milhões de euros, que agrada ao presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), porque o novo terminal significará a desactivação das actividades portuárias na zona entre Santa Apolónia e o rio Trancão.
Já Almada contesta o projecto e ameaça recorrer aos tribunais. O projecto não é, contudo, novidade. Estava previsto numa das versões da revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa. Porém, este documento foi anulado no Verão de 2012, pelo então secretário de Estado do Ambiente, Pedro Afonso de Paulo.
O BE deverá aproveitar a ida do Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, à comissão parlamentar de Economia, no final do mês, para o questionar sobre este tema.

Agência de Notícias 

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