Barreiro contesta agregação de freguesias

Freguesia de 50 mil habitantes  não faz sentido

O presidente da Junta de Freguesia de Santo André, no Barreiro, está contra a extinção da freguesia e contesta a proposta do Governo que agrega as freguesias de Santo André, Alto do Seixalinho e Verderena. “Formar uma freguesia com quase 50 mil habitantes, não tem lógica nenhuma, afasta as freguesias das pessoas”, disse o autarca durante uma concentração contra a extinção da freguesia e em defesa da manutenção das oito freguesias no concelho do Barreiro.

Carlos Humberto continua empenhado em manter mapa de freguesias 


António Correia, Presidente da Assembleia de Freguesia de Santo André, sublinhou que “quem luta vence sempre” e apelou aos presentes para que combatam “a ofensiva do Governo contra tudo e contra todos, que tem que ser travada”.
“O Governo retira direitos aos trabalhadores, corta nos acessos à saúde, destrói a escola pública e aumenta o custo de vida de forma insuportável”, diz o autarca reforçando que “o Ministro das equivalências, Miguel Relvas, está contra o Poder Local e quer extinguir a freguesia de Santo André”.
As origens da freguesia de Santo André remontam a 1147, na época da fundação de Portugal, existindo documentos com referências ao lugar da Telha, datados do ano 1320. A freguesia de Santo André foi criada em 25 de Outubro de 1973, comemorando este ano 40 anos, tendo sido elevada a Vila em 21 de Junho de 1995, sendo actualmente uma freguesia com cerca de 13 mil habitantes.
“É uma vila onde vale a pena viver e que tem que ser defendida”, diz o autarca.


Luta continua 
António Jesus Marques, presidente da autarquia, contesta a proposta do Governo que agrega as freguesias de Santo André, Alto do Seixalinho e Verderena e reafirma a luta “pela continuação das oito freguesias do concelho do Barreiro e assumiremos todas as medidas jurídicas pela manutenção da nossa freguesia e Vila de Santo André, na defesa da população”, sublinhou o autarca.

“Devemos defender os nossos direitos”
Carlos Humberto, Presidente da Câmara do Barreiro, diz que no actual contexto da vida portuguesa, de dificuldades das pessoas, quando o “Poder Local faz falta ao povo, não faz falta aos eleitos”, o Governo “reduz as verbas ao Poder Local, reduz as verbas que resolviam problemas das pessoas”.
Carlos Humberto vai mais longe: “no momento em que o país mais necessita do Poder Local, mais cortam no Poder Local, isto está tudo ao contrário, o país está em perigo”.
O chefe do executivo barreirense diz que não se pode regredir nos direitos conquistados.
“Não podemos permitir que ponham em causa os nossos direitos, ficando calados”, diz o Presidente da Câmara do Barreiro.
“O tempo do come e cala já passou, devemos defender os nossos direitos”, salienta Carlos Humberto, lançando o apelo à defesa das oito freguesias do concelho do Barreiro.
No final do encontro, foi apresentada uma resolução – aprovada por unanimidade – que expressa a posição da população da freguesia de Santo André, contra a Reforma Administrativa, contra a extinção da freguesia de Santo André e em defesa das oito freguesias do concelho do Barreiro.

Agência de Notícias 

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