IIIª Convenção Social Democrata do Distrito de Setúbal


“Crise é uma oportunidade para Portugal resolver os problemas estruturais”

Na sessão de encerramento da IIIª Convenção Social Democrata do Distrito de Setúbal, que decorreu no Barreiro, o secretário de estado da Energia, Artur Trindade, reconheceu a necessidade de proceder a alterações nalgumas áreas como o que está a ser feito ao nível da política energética. Enquanto Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, a actual crise é uma oportunidade para Portugal resolver os problemas estruturais com que se debate há décadas.

Vice Presidente do PSD diz que crise é "oportunidade" para Portugal
O presidente da Distrital de Setúbal do PSD, Pedro do Ó Ramos considera que o abandono escolar e a recessão estão intimamente ligados, sendo para isso necessário apostar cada vez mais na importância da educação em Portugal.
Para o dirigente social-democrata, “se não temos um ensino de qualidade, temos dificuldade em formar massa crítica”, sendo para isso fundamental “fazer com que os jovens realmente aprendam”.
Pedro do Ó Ramos falava no encerramento da III Convenção Social Democrata do Distrito de Setúbal, dedicada ao empreendedorismo, que decorreu recentemente no auditório da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro.
O líder distrital do PSD sublinhou que as práticas de gestão em Portugal “são muito inferiores em relação aos outros membros da Europa, pois no nosso país não se incentiva o bom trabalhador e não se penaliza o mau trabalhador”.
Por sua vez, o secretário de estado da Energia, Artur Trindade, reconheceu a necessidade de proceder a alterações nalgumas áreas como o que está a ser feito ao nível da política energética.

Corte nas rendas excessivas
O secretário de Estado salientou o trabalho desenvolvido no sector dos combustíveis, estando o governo está a preparar medidas para fomentar o aparecimento de combustíveis de baixo custo. “Não são medidas fáceis” porque “há muitos interesses no sector”, reconheceu o secretário de estado.
Ao nível do sector eléctrico, realce para os cortes nas rendas neste sector, que atenuam aumento da electricidade para 2,8 por cento em 2013. Sem estas medidas do Ministério da Economia e Emprego aumento seria de 11 por cento, enquanto as empresas em Média Tensão deverão ter variações nulas no preço da electricidade Segundo Artur Trindade, esta percentagem resulta directamente das medidas de política energética introduzidas pelo Ministério da Economia e do Emprego no último ano – corte nas rendas excessivas, renegociação de rendas exageradas ou utilização das receitas dos leilões de carbono em proveito dos consumidores eléctricos. “Tal variação seria impensável face à realidade actual das famílias portuguesas, bem como altamente prejudicial para a saúde do tecido produtivo em Portugal, as empresas”, realçou o governante.

Redução da despesa é um recorde no actual estado democrático
Para o vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, a actual crise é uma oportunidade para Portugal resolver os problemas estruturais com que se debate há décadas. “Os portugueses escolheram o partido mais reformista para resolver os problemas disse o dirigente nacional social democrata adiantando que “os actuais resultados dão-nos garantias de que a recuperação da nossa soberania financeira está a ser traçada, para que possa ser reconquistada o mais depressa possível”.
Jorge Moreira da Silva salienta que o governo conseguiu reduzir a despesa pública em 11 mil milhões de euros, sendo este um recorde no actual estado democrático.
Por isso, critica quem pede mais tempo e mais dinheiro para além do que está negociado no memorando. “Um modelo com mais tempo e mais dinheiro vai fazer com que tenhamos de pagar muito mais”, garante.
“Faltam quase 20 meses para que o memorando de entendimento esteja concluído”, acrescenta Moreira da Silva.

Agência de Notícias 

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