Passos Coelho anuncia austeridade esta tarde


Primeiro-ministro  fala ao país às 19h15

O Primeiro-ministro já disse que todas as hipóteses estão em aberto. "Nenhum de nós está em condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver de ser adoptada". O anuncio está marcado para as 19h15.  Cavaco Silva alerta para “cuidados” e para não sobrecarregar os mesmos.
Passos Coelho fala esta tarde aos portugueses para anunciar medidas 


Pedro Passos Coelho vai fazer uma declaração ao país esta sexta-feira, na qual deve anunciar mais medidas de austeridade. A intervenção está agendada para as 19h15, meia hora antes do jogo da selecção portuguesa no Luxemburgo, segundo avança o "Jornal de Negócios".
Esta semana, Passos Coelho não descartou um novo aumento de impostos, apesar de reconhecer que não era desejável. 
"Todos desejaremos ultrapassar as nossas dificuldades sem sobrecarregar mais os portugueses com impostos, mas nenhum de nós está em condições de dizer que não vai tomar uma ou outra decisão se ela tiver de ser adoptada", sublinhou Passos Coelho à margem de uma visita à Autoridade Nacional da Protecção Civil, em Lisboa.
Numa altura em que o défice está longe do previsto e em que ainda não foram encontradas soluções para o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nos subsídios da função pública, o primeiro-ministro admitiu que está tudo em aberto.

Cavaco pede “equidade” nos sacrifícios
Cavaco Silva diz que a "conjuntura económica se alterou" especialmente por causa de Espanha, mas a "experiência de 15 meses" de programa de ajustamento mostram que "é uma boa altura para se fazer uma revisão dos compromissos assumidos".
Esta revisão estará a ser discutida entre o Governo e a troika, mas o Presidente da República lembra que se deve esperar pelo fim da missão da troika em Portugal.
Quanto a mais sacrifícios para aos portugueses, Cavaco Silva volta a sublinha que é necessária "equidade nas decisões" e sublinha que "eventualmente só se podem considerar para acréscimos de sacrifícios os que ainda não foram afetados" pelos cortes já realizados.

Paulo Jorge Oliveira 

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