Necessidade de
“ruptura com esta política"
Jerónimo de Sousa
anunciou nesta sexta-feira, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro,
que o PCP vai avançar com uma moção de censura ao Governo “contra o pacto de
agressão e o aumento da exploração”. Na oposição, PS já disse que moção
é “inoportuna” neste momento e o Bloco afirmou que “há muito boas razões para censurar o Governo”. Pedro Passos
Coelho, diz que “o Governo está tranquilo com o caminho que tem seguido”.
O PCP avança para monção de censura ao Governo ainda este mês |
O secretário-geral
comunista justificou a apresentação da moção com a necessidade de “ruptura com
esta política” que, disse, é cada vez mais um “imperativo nacional”. "Acha que negando a
realidade ela deixa de existir? Estamos pior do que o ano passado e diz que
estamos no bom caminho?", inquiriu o líder comunista.
Já antes na sua intervenção, Jerónimo de Sousa
trilhara caminho para o seu anúncio. Criticou duramente um ano de execução
governativa, afirmou que os problemas do país só se agravaram e falou de “um
falso e delirante sucesso que está completamente fora da realidade do país”.
“Não invoque circunstâncias externas para fugir às suas responsabilidades e obrigações. Há décadas que não tínhamos uma recessão económica tão grande”, disse Jerónimo de Sousa.
“Não invoque circunstâncias externas para fugir às suas responsabilidades e obrigações. Há décadas que não tínhamos uma recessão económica tão grande”, disse Jerónimo de Sousa.
Primeiro-ministro tranquilo
Na resposta, Pedro Passos Coelho disse que “o Governo está tranquilo com o caminho que tem seguido”. Esse caminho, acrescentou, tem produzido “efeitos úteis” para Portugal. “Graças a esse caminho, Portugal é hoje olhado com respeito”, disse.
O PCP vai solicitar uma conferência de líderes extraordinária para logo depois do plenário desta sexta-feira. A moção de censura será discutida no Parlamento no próximo dia 25 de Junho.
Esta é a primeira moção de censura apresentada ao Governo de Passos Coelho. A última moção de censura apresentada no Parlamento foi discutida a 10 de Março de 2011, por iniciativa do BE, e foi dirigida ao anterior Executivo de José Sócrates.
Na resposta, Pedro Passos Coelho disse que “o Governo está tranquilo com o caminho que tem seguido”. Esse caminho, acrescentou, tem produzido “efeitos úteis” para Portugal. “Graças a esse caminho, Portugal é hoje olhado com respeito”, disse.
O PCP vai solicitar uma conferência de líderes extraordinária para logo depois do plenário desta sexta-feira. A moção de censura será discutida no Parlamento no próximo dia 25 de Junho.
Esta é a primeira moção de censura apresentada ao Governo de Passos Coelho. A última moção de censura apresentada no Parlamento foi discutida a 10 de Março de 2011, por iniciativa do BE, e foi dirigida ao anterior Executivo de José Sócrates.
BE de acordo com estratégia comunista
Em declarações no final do plenário
desta manhã, o líder do Bloco de Esquerda, optou por frisar que o partido ainda
não sabe como vai votar a moção anunciada pelo PCP esta manhã, já que “ainda
não conhece o texto”. Mas deixou clara a solidariedade com a opção comunista,
defendendo que existem inúmeras razões que justificam a censura ao Executivo.
“Não sei como vamos votar, porque não conhecemos o texto. Há muito boas razões para censurar o Governo”, adiantou Francisco Loucã.
Louçã utilizou expressões como “fanatismo” e “barbárie financeira” para descrever a execução governativa do último ano e voltou a insistir na condenação das soluções de austeridade. E rematou afirmando que "Portugal tem vindo a censurar, no sofrimento das pessoas” a acção do Executivo de Passos Coelho.
“Não sei como vamos votar, porque não conhecemos o texto. Há muito boas razões para censurar o Governo”, adiantou Francisco Loucã.
Louçã utilizou expressões como “fanatismo” e “barbárie financeira” para descrever a execução governativa do último ano e voltou a insistir na condenação das soluções de austeridade. E rematou afirmando que "Portugal tem vindo a censurar, no sofrimento das pessoas” a acção do Executivo de Passos Coelho.
PS
não aprova moção do PCP
António José Seguro não defende "crise política" no momento |
António José Seguro já que a moção de censura anunciada pelo PCP é
inoportuna e considerou que o país não pode enfrentar uma crise política.
O secretário-geral do PS levou cerca
de hora e meia para vir a público confirmar o que já se esperava. Foi o último
de todos os líderes partidários a reagir à moção para considerar o momento
“completamente inoportuno”: “O que faltava ao país era que se criasse uma crise
política”, disse Seguro.
O líder socialista não quis, contudo, precisar se votava contra ou se a abstenção seria a opção socialista. “Haverá a discussão necessária no interior do PS”, explicou antes de garantir que, desta vez, não haveria lugar para dúvidas em relação à disciplina de voto.
A questão que parece colocar-se neste momento ao PS é a de saber se haverá uma abstenção "violenta ou violentíssima" à moção dos comunistas ao Governo, comentaram alguns deputados do PS.
O líder socialista não quis, contudo, precisar se votava contra ou se a abstenção seria a opção socialista. “Haverá a discussão necessária no interior do PS”, explicou antes de garantir que, desta vez, não haveria lugar para dúvidas em relação à disciplina de voto.
A questão que parece colocar-se neste momento ao PS é a de saber se haverá uma abstenção "violenta ou violentíssima" à moção dos comunistas ao Governo, comentaram alguns deputados do PS.
Paulo Jorge Oliveira
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