Reforma compulsiva para militares da GNR acusados
de corrupção
Doze militares da antiga Brigada de Trânsito
(BT) da GNR foram punidos com a passagem à "reforma compulsiva" na
sequência de um processo interno pela prática de diversos crimes de corrupção
passiva, disse à Lusa fonte da corporação.
Depois de decisão do tribunal, GNR manda 12 militares para a reforma |
Os
militares do Comando Territorial de Setúbal, agora punidos pela GNR conforme
despachos assinados pelo Ministro da Administração Interna do passado mês de
abril, integravam o grupo de 172 elementos da BT que foi a julgamento em 2005,
pela prática de diversos crimes de corrupção passiva.
O
Tribunal de Sintra, onde decorreu o julgamento, acabou por condenar 81
militares da Brigada de Trânsito da GNR por crimes de corrupção passiva -
dezasseis deles a penas de prisão efetiva entre 3 anos e meio e nove anos e
meio.
O mesmo tribunal condenou também 15 empresários
(dos 21 que estavam acusados) ligados ao setor dos transportes por corrupção
ativa, mas todos com pena suspensa por um período de três anos.
Os militares da BT da GNR, incluindo os doze do Comando
Territorial de Setúbal que foram punidos - um deles com a patente de cabo
chefe, três cabos e oito guardas - eram acusados de não fiscalizarem veículos
na estrada e de não passarem multas, a troco de dinheiro ou outros benefícios.
Segundo o capitão Marco Cruz, do departamento de Relações
Públicas da GNR, os 12 militares do Comando Territorial de Setúbal só agora
foram punidos pela corporação porque "o processo disciplinar interno tinha
sido suspenso até trânsito em julgado da sentença judicial".
O responsável da GNR salientou que foi a própria GNR a
detetar os comportamentos irregulares de alguns elementos da corporação e a
remeter o processo para o Ministério Público.
Agência de Notícias
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