Dia da criança animou Pinhal Novo


A festa das crianças

Já dizia o poeta que “as crianças são o melhor do mundo” e aproveitando a celebração anual do Dia Mundial da Criança, que ocorre a 1 de Junho, a Junta de Freguesia do Pinhal Novo promoveu na Praça da Independência, “uma super animação para as crianças da freguesia”. Insufláveis, onde os mais pequeninos puderam saltar, brincar e trepar, dando largas à imaginação. Houve ainda pinturas faciais, palhaços, folhas para desenhar o que apetecesse e até mergulhos nas águas paradas da Praça. Um dia que foi delas, das crianças!

As pinturas faciais atrairam muitas crianças à Praça da Independência 

Para os mais fantasiosos, maiores ou mais pequenos, ou simplesmente, para aqueles que gostam de se pintar e mascarar, houve espaço para pinturas faciais, tatuagens. Houve ainda palhaços pintores e balões mágicos para agrado das crianças e dos pais. Na praça ainda funcionou um atelier de pinturas e brincadeiras que atraiu muitas crianças. E foi, precisamente, nesse local que o ADN encontrou Mariana que, de uma forma simples e directa, explicou o que é ser criança para uma menina de… 9 anos. “Eu sou feliz porque vivo com os meus pais. Tenho muito carinho pelos meus pais, são muito meus amigos.
Gosto muito de ser criança, gosto de crescer”. E quando for grande, perguntamos: “Quando for grande vou trabalhar, mas por enquanto quero ser criança, ser criança é a melhor coisa do mundo. Adoro brincar com as minhas bonecas para fingir que são minhas filhas e os meus bonecos meus filhos”. E contou mais a pequena Mariana: É muito bom ser criança, vou aproveitar enquanto cresço. Cada dia, aprendo uma coisa nova”. Sendo assim, que aprendeu neste dia tão especial para todas as crianças? “Aprendi que gostava de ser sempre criança para o resto da minha vida porque temos muitas aventuras com os amigos, com os pais, com os avós… e sou feliz assim”. E mais não disse.

“Este dia não se vive apenas com brincadeiras e jogos”

Atelier de Pintura também conquistou as crianças  

A Educadora de Infância, Débora Caldas, nasceu há 28 anos em Vila Flor, distrito de Braga, e chegou ao Pinhal Novo há “seis anos”. Na sua opinião o Dia Mundial da Criança, assinalado pela primeira vez em 1950, é uma importante celebração “porque as crianças também gostam de ser lembradas, podendo a data ser equiparada ao Dia do Pai ou ao Dia da Mãe”. Para esta pinhalnovense adoptiva, que todos os dias trabalha com crianças numa escola da Montijo, a data é celebrada também no dia-a-dia, “onde tem que promover o respeito e dignidade dos mais pequenos”. Apesar de achar a iniciativa da autarquia “muito importante e muito rica para as crianças de todas as idades”, deixa um aviso: “este dia não se vive apenas com brincadeiras e jogos, mas como uma ocasião propícia para se reflectir sobre todas as crianças do mundo, sobretudo aquelas que não vêem os seus direitos respeitados e são vítimas de toda a espécie de exploração. É importante, em conjunto, pensarmos nisso”.

“Dizem que este dia é nosso…”
A cultura aprende-se de... pequenino 

Os protagonistas desta Festa também quiseram manifestar a sua opinião sobre o Dia da Criança: a Ana Sofia, com apenas 6 anos, disse que “este é um dia muito feliz para todas as crianças porque os pais mostram como gostam dos seus meninos”. Já o Bruno com os seus 7 anos, depois de descer de um colchão aos saltos, contou que o resto do dia “iria ser celebrado com desenhos e, claro, com as brincadeiras preferidas com o meu irmão”. A Inês, na sua genial sabedoria dos 10 anos, disse – depois de um mergulho no lago com roupa e tudo – que as crianças “têm muito que estudar para aprenderem a ser responsáveis no futuro”. Palavras que dizem, quase, tudo.
A festa da criança acabou com os Bardoadinha a ensinar a tocar os bombos e com o Rancho Folclórico Infantil da Casa do Povo de Pinhal Novo a cantar e a dançar a tradições.
A terminar, as palavras de mais uma criança, o Gonçalo de 8 anos. “Dizem que este dia é nosso, das crianças. E os outros dias? De quem são? São nossos também?”. Uma pergunta que o jornalista não conseguiu responder!

Paulo Jorge Oliveira 

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