PSD não faz “campanhas de difamação” em Setúbal


Lote da rua dos Trabalhadores do Mar gera confusão  

O presidente da Comissão Política de Secção de Setúbal do PSD emitiu um comunicado sobre a questão do lote nove da Rua Trabalhadores do Mar, em Setúbal, mais concretamente sobre a declaração feita em sessão pública camarária pela presidente Maria das Dores Meira. No documento, Paulo Calado diz que pela parte do PSD “não há campanhas de difamação” mas sim “determinação em conhecer a verdade”.


PSD diz que não faz campanhas de difamação em Setúbal 

 O lote nove da rua Trabalhadores do Mar deu origem, na passada reunião camarária realizada a 18 deste mês, a uma declaração da presidente da autarquia na qual a mesma classificada as noticias vindas a público, num jornal de âmbito nacional, de “mentira” e considerando que a Câmara de Setúbal estava “a ser alvo de uma das mais brutais campanhas de difamação de que há memória”, aconselhando a oposição a estar “calada” ou, “pelo menos falar verdade”.
Assim, e perante as notícias publicadas nos órgãos de comunicação social locais e nas quais aquela Comissão Política considera ser “proferido um conjunto de inverdades e acusações”. “Dos únicos elementos que temos relativos a esse mesmo processo aquisitivo”, Paulo Calado diz ter concluído que na reunião de Câmara de 25 de Julho de 2007, a presidente “propôs a transferência da posse do terreno (…) por apenas 1 euro” e cujo objectivo apontaria para a “SetubalPolis transmitir o lote a um particular, a sociedade Algarve Alimentar”, tal como referido na notícia anteriormente publicada.

Na altura social-democratas e socialistas votaram contra proposta
No referido comunicado, o presidente da CPS de Setúbal do PSD diz que, contrariamente à declaração reproduzida, “a proposta foi rejeitada com os votos contra dos vereadores do PSD e do PS, que impediram assim um desbaratar tão flagrante de bens públicos”, e continua o texto chegado às redacções: “Sobretudo sabendo que a SetúbalPolis tinha, pouco tempo antes, manifestado a disponibilidade para comparticipar das despesas de aquisição dos terrenos necessários por um valor até 145.750 euros”. Paulo Calado adianta ainda que “só após esta rejeição, os serviços técnicos municipais avaliaram o terreno e atribuíram ao lote o valor de 150 mil euros”, tendo o assunto voltado a sessão camarária, em 19 de Dezembro de 2007” e sido aprovado, mas com “a abstenção dos vereadores do PSD”. “Não votámos contra, como diz a presidente na sua declaração”, lembra o líder laranja de Setúbal.

Repúdio às considerações da presidente
No referido comunicado pode ainda ler-se a afirmação de que a escritura de compra e venda do lote foi a 19 de Setembro de 2008, “assinada pelo vereador Eusébio Candeias”, onde o município de Setúbal diz que “já recebeu o dinheiro” e que aqueles factos “não são postos em causa pela declaração da presidente da Câmara, contrariamente àquilo que pode fazer crer numa primeira leitura”. “Repudiamos as considerações da presidente que tenta, através desta declaração, esconder que tentou vender um lote de terreno por um euro, que foi, posteriormente, avaliado pelos serviços da mesma Câmara por 150 mil euros, o que só não aconteceu pela acção dos vereadores da oposição”, dizem os social-democratas de Setúbal já perto do final, exigindo saber “quem é o titular do terreno onde está construída a ligação da Avenida Jaime Rebelo e qual a razão para o facto da Câmara ainda não ter regularizado o respectivo registo, uma vez que as razões invocadas na declaração não se fundamentam em razões de interesse público”, interrogando-se também: “Como é possível aceitar que um terreno ocupado por uma via pública esteja ainda onerado com uma hipoteca anterior à sua construção em nome de um privado?”.

Agência de Notícias

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